Diabetes aumenta o risco de perda auditiva e sinais de alerta merecem atenção
Um efeito pouco falado da diabetes
Muita gente convive com a diabetes focando apenas no controle da glicose, sem imaginar que a condição pode afetar algo essencial para o dia a dia: a audição.
Especialistas alertam que alterações nos níveis de açúcar no sangue aumentam significativamente o risco de perda auditiva, muitas vezes de forma silenciosa e progressiva.
Como a diabetes aumenta o risco de perda auditiva?
A relação entre diabetes e problemas de audição já está bem documentada. Pessoas com diabetes apresentam risco cerca de duas vezes maior de desenvolver perda auditiva quando comparadas a indivíduos com níveis normais de glicose.
Isso acontece porque a hiperglicemia crônica pode causar danos aos pequenos vasos sanguíneos e aos nervos do ouvido interno, estruturas fundamentais para a transmissão correta dos sons ao cérebro.

A prediabetes também pode afetar a audição?
Mesmo antes do diagnóstico de diabetes, a prediabetes já representa um fator de risco. Níveis de glicose acima do normal, ainda que não enquadrados como diabetes, estão associados a maior probabilidade de alterações auditivas.
Esse dado chama atenção porque milhões de pessoas vivem com prediabetes sem sintomas claros, o que amplia o risco de perda auditiva sem diagnóstico precoce.
Quais são os sinais de alerta mais comuns?
A perda auditiva relacionada à diabetes costuma evoluir lentamente, o que dificulta a percepção inicial do problema. Muitas vezes, familiares e pessoas próximas percebem os sinais antes do próprio paciente.
Os indícios mais frequentes incluem:
- Dificuldade para entender conversas em ambientes ruidosos
- Sensação de que as pessoas falam mais baixo do que antes
- Necessidade de aumentar o volume da televisão ou do rádio
- Pedir para repetir frases com frequência
- Dificuldade de acompanhar diálogos em grupo
O canal Um Diabético, no Youtube, explica muito bem essa reção entre diabetes e surdez:
Por que o diagnóstico precoce faz tanta diferença?
Identificar a perda auditiva logo no início permite intervenções mais eficazes e reduz impactos na comunicação, na vida social e na autonomia. Exames auditivos simples conseguem detectar alterações mesmo quando ainda não há queixas evidentes.
O tratamento varia conforme o grau da perda e pode incluir uso de aparelhos auditivos, terapia auditiva ou outras abordagens específicas, sempre adaptadas à necessidade de cada pessoa.
Por que o acompanhamento auditivo deve fazer parte do controle da diabetes?
Assim como olhos, rins e sistema cardiovascular, a audição também pode sofrer consequências do descontrole glicêmico. Integrar exames auditivos ao acompanhamento regular da diabetes ajuda a prevenir complicações e melhora a qualidade de vida.
Além do monitoramento da audição, manter bons hábitos de controle da glicose, alimentação equilibrada e acompanhamento médico contínuo reduz significativamente o risco de danos ao longo do tempo.
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