Como montar um quiosque simples com apenas barro e madeira
Com técnicas ancestrais e soluções modernas, essa construção no RS une conforto, economia e beleza como poucas
Um quiosque simples de barro e madeira no RS mostra como bioconstrução urbana, conforto térmico e soluções naturais podem transformar até espaços compactos em ambientes sustentáveis, funcionais e cheios de possibilidades.
O que torna o quiosque de barro e madeira no RS tão especial?
O quiosque do Sítio Karawara foi criado para eventos ao ar livre, integrando horta, laguinho e espiral de ervas em um único eixo de convivência. Ele não funciona apenas como apoio, mas como parte do próprio paisagismo vivo do terreno.
A construção mistura madeira de eucalipto tratada a fogo com tijolos de adobe, criando paredes espessas e estrutura resistente. Essa combinação ajuda a manter o interior estável em temperatura, reduzindo a necessidade de aquecimento ou resfriamento artificial.
Por que o adobe e a madeira tratada fazem tanta diferença?
O adobe, feito de terra crua, funciona como massa térmica: absorve calor durante o dia e libera à noite, deixando o ambiente fresco no verão e agradável no inverno. Essa técnica valoriza mão de obra local e reduz impacto ambiental.
Já o eucalipto tratado a fogo aumenta a resistência da madeira à umidade e fungos, essencial no clima gaúcho. Usar um recurso renovável da região torna a obra sustentável, econômica e durável.
Quais soluções bioclimáticas esse quiosque sustentável usa?
O quiosque de barro e madeira no RS foi orientado para aproveitar sol da manhã e evitar calor excessivo à tarde. A varanda ao norte cria sombra constante e melhora o conforto térmico do espaço de convivência.
Janelas altas favorecem o efeito chaminé e a ventilação cruzada, enquanto os telhados verdes em dois níveis aumentam o isolamento térmico e trazem biodiversidade. Entre os elementos mais importantes, destacam-se:
- Orientação leste para captar sol suave da manhã.
- Varanda ao norte garantindo sombra permanente.
- Janelas altas que estimulam ventilação cruzada.
- Telhados verdes em dois níveis para conforto térmico.
- Integração com horta, laguinho e espiral de ervas.
Confira o vídeo:
Como esse projeto equilibra tradição, praticidade e normas urbanas?
Mesmo sendo uma bioconstrução, o quiosque precisou atender normas municipais. Por isso, áreas molhadas receberam ladrilhos hidráulicos, que facilitam limpeza e garantem aprovação sanitária e técnica.
O uso de cimento queimado impermeável, fechamentos em mata-junta vertical inspirados na colonização alemã e marcenaria ventilada com palha mostram como tradição e funcionalidade podem conviver. Entre os ajustes urbanos usados, estão:
- Ladrilhos hidráulicos para atender normas de áreas molhadas.
- Cimento queimado impermeável para maior durabilidade.
- Mata-junta vertical remetendo à arquitetura alemã.
- Marcenaria ventilada para melhor circulação de ar.
- Iluminação LED funcional e econômica.
É viável ter bioconstrução de adobe na cidade hoje?
O quiosque gerenciado pelo Sítio Karawara mostra que bioconstrução urbana é totalmente possível quando há estudo, técnica e profissionais qualificados. O adobe, a madeira tratada e os telhados verdes compõem uma solução compatível com clima e legislação.
Como vitrine de sustentabilidade, esse quiosque de barro e madeira no RS inspira quem busca novas formas de construir áreas de lazer, negócios ou espaços coletivos. Ele abre portas para projetos criativos, eficientes e muito mais conectados à natureza.
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