Assim é a vida de quem decidiu morar em um sítio no Egito
Rotina simples ao lado de beduínos mostra que dá pra viver com muito menos agito
Morar em sítio no Egito, coladinho no Mar Vermelho, virou o novo sonho de alguns brasileiros que buscam trocar buzina por silêncio, prédio por montanha e trânsito por caminhada na areia. Em vez de resorts e pacotes turísticos, o foco está em casinhas simples, hortas orgânicas, vizinhos beduínos e uma rotina que gira em torno da natureza e não do relógio.
Por que brasileiros estão trocando a cidade por esse estilo de vida?
Uma brasileira que vive no Egito desde 2020 decidiu sair do agito urbano e se mudar para um sítio perto da praia, em uma região tranquila do Mar Vermelho. A casa, feita de pedra rosa típica do Sinai, estava abandonada há quatro anos e virou o cenário perfeito para essa mudança radical de estilo de vida.
O ambiente mistura montanhas, mar e árvores frutíferas, criando um contraste com a rotina de cidade grande. A poucos minutos a pé da praia, a moradora relata uma sensação de paz constante, com o som do vento e das ondas substituindo barulhos de carros e sirenes.
Como é a rotina ao lado do mar em um sítio simples?
O sítio fica a cerca de dois minutos caminhando do mar, em uma área com oliveiras, pés de tamareira, romã e uma horta orgânica. Os alimentos são cultivados com esterco de camelo, reforçando uma relação direta com a terra e com métodos tradicionais da região.
A casa, que antes estava largada, ganhou móveis recuperados, iluminação colorida no teto e espaços pensados para meditação. Mesmo sem máquina de lavar no começo, a moradora relata que passou a dormir melhor, sentiu mais disposição e percebeu um salto claro na qualidade de vida em poucos dias.
Quais curiosidades chamam atenção nessa vida no deserto?
A mudança começou após um encontro marcante com Mica, uma brasileira que vive há mais de duas décadas na região e registrou o cotidiano dos beduínos. Foi por essa conexão que surgiu a indicação da casa, pertencente ao dono de um camping familiar rodeado por oliveiras antigas e montanhas do Sinai.
Para quem imagina o deserto como um lugar isolado de tudo, alguns detalhes surpreendem:
- Internet funciona via roteador Vodaphone, permitindo trabalho remoto a 1,5 km da cidade.
- O sítio fica em área beduína, com cultura marcada pelo ritmo calmo e pelo lema “devagar, devagar”.
- A praia ao lado tem corais e peixes coloridos, típica paisagem do Mar Vermelho.
- A casa de pedra rosa do Sinai mistura arquitetura simples com clima espiritualizado.
Que lições essa experiência traz para quem pensa em mudar?
A experiência mostra como seguir sincronicidades e sair dos padrões urbanos pode abrir espaço para uma nova forma de viver. No Egito rural, a integração com a natureza acontece junto de desafios, como a adaptação ao ritmo beduíno e às questões de descarte de lixo.
Outros estrangeiros também escolheram esse estilo de vida, como um jordaniano e um alemão focado em trabalhos de cura, todos vivendo perto da fronteira com Israel. Para quem se interessa por mudanças profundas, histórias como essa despertam curiosidade e incentivam a buscar mais relatos, vídeos e conteúdos sobre pessoas que largaram tudo para recomeçar em um lugar improvável.
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