Assassinato em Mônaco na Netflix reabre o caso Edmond Safra e deixa perguntas no ar
Um mistério com cara de impossível
A Netflix fechou 2025 com um documentário que mexe com um tipo de curiosidade difícil de desligar: um crime real ligado a dinheiro, poder e versões que não se encaixam com facilidade.
Assassinato em Mônaco revisita a morte do banqueiro bilionário Edmond Safra e transforma um caso de 1999 em um quebra-cabeça moderno, com detalhes que fazem você pausar, voltar e repensar cada peça.
Assassinato em Mônaco na Netflix virou o true crime do momento?
Virou porque ele entrega mais do que um resumo do caso. A narrativa aposta em investigação, depoimentos e reconstruções que colocam o espectador dentro das dúvidas, não só das conclusões. Em vez de “fechar” a história com pressa, o documentário dá espaço para perguntas incômodas e mostra como uma versão oficial pode conviver com contradições.
Outro ponto é o contraste: um cenário de luxo extremo, segurança pesada e, ainda assim, um desfecho trágico. Esse tipo de combinação costuma grudar na cabeça porque parece improvável, quase impossível, e justamente por isso chama atenção.
Confira ao trailer oficial da obra:
O que aconteceu com Edmond Safra em 1999?
A história volta para Mônaco no fim dos anos 90, quando Edmond Safra foi encontrado sem vida no penthouse onde vivia em Monte Carlo. O cenário envolveu um incêndio e também a morte de Vivian Torrente, que trabalhava como enfermeira. A partir daí, investigações, suspeitas e mudanças de interpretação passaram a alimentar a sensação de que havia mais camadas do que o público conhecia.
O documentário organiza esse contexto e tenta responder o que todo mundo quer saber: como algo assim aconteceu em um ambiente teoricamente controlado, com rotinas, vigilância e um nível de proteção fora do comum?
O documentário traz revelações ou só revisita o caso?
Ele faz as duas coisas. Reconta o caso com mais ordem e ritmo, mas também traz ângulos que deixam a história menos linear. O foco não é só “quem fez”, e sim “como chegamos a acreditar em determinada versão” e “o que fica de fora quando a explicação parece simples demais”.
Esse é o tipo de true crime que funciona melhor quando você assiste com atenção aos detalhes, porque muita coisa está nas entrelinhas: no jeito como certas decisões são descritas, no que muda de um relato para outro e no que parece óbvio, mas não é.
O que observar enquanto assiste para entender melhor as teorias?
Se você gosta de investigar junto, vale assistir com um olhar mais “detetive”, sem tentar resolver tudo nos primeiros minutos. Algumas pistas aparecem na forma como o tempo é reconstruído e em como as hipóteses são apresentadas. Para facilitar, aqui vai um checklist rápido do que costuma fazer diferença:
- Como o documentário monta a linha do tempo da noite do crime
- Quais pontos são tratados como certezas e quais ficam como dúvida
- Onde surgem contradições entre relatos e versões
- O que muda quando entra contexto de poder, reputação e dinheiro
- Quais perguntas o filme deixa para o público responder
O objetivo não é achar uma resposta perfeita, e sim perceber onde a história fica mais frágil. Quando você identifica esses “vazios”, entende por que o caso ainda provoca tantas teorias.
ASSASSINATO EM MÔNACO, que filmaço. Documentário surpreendente e cheio de reviravoltas, digno da era de ouro dos documentários da Netflix. Gostei muito. pic.twitter.com/MOZwkrDNh8
— Chico Barney (@chicobarney) December 25, 2025
Vale a pena assistir Assassinato em Mônaco se você não é fã de true crime?
Vale, principalmente se você gosta de histórias reais com clima de mistério e narrativa bem conduzida. O documentário tem pegada de filme, com começo, meio e fim, e não depende de jargões ou do mundo financeiro para funcionar. Ele segura pela curiosidade humana: o desejo de entender o que não fecha e por que tanta gente enxerga o mesmo caso de formas diferentes.
No fim, Assassinato em Mônaco é o tipo de produção que não precisa gritar para impactar. Ele vai plantando dúvidas, puxando fios e mostrando que, às vezes, o mais intrigante não é o que aconteceu, e sim como a verdade foi construída ao longo do tempo.
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