Dirigir na reserva faz mal mesmo ou é só mito entre motoristas
O barato pode sair caro
Quase todo motorista já passou por isso. A luz de combustível acende, o ponteiro cai e surge a dúvida se dá para seguir viagem sem risco. A resposta é direta: dirigir constantemente na reserva pode causar problemas mecânicos que pesam no bolso com o tempo.
O que significa quando o carro chega na reserva?
Rodar na reserva não quer dizer que o tanque está vazio. Significa que o combustível chegou ao nível mínimo de segurança, geralmente entre 5 e 10 litros, dependendo do modelo do carro.
Esse aviso existe como alerta para abastecer o quanto antes. Ele não foi pensado para manter o uso normal do veículo por longos períodos.
Por que dirigir na reserva pode causar problemas?
O principal componente afetado é a bomba de combustível. Ela fica dentro do tanque e utiliza o próprio combustível para resfriar e lubrificar suas peças internas.
Com pouco combustível, a bomba trabalha mais quente e sob maior esforço. Isso acelera o desgaste e reduz a vida útil do sistema.
Além disso, no fundo do tanque costumam se acumular:
- Impurezas do combustível
- Resíduos sólidos
- Partículas de sujeira ao longo do tempo

Rodar na reserva pode entupir bicos injetores
Não acontece de forma imediata, mas o risco aumenta. Com o combustível no limite, essas impurezas podem ser puxadas com mais facilidade para o sistema.
Isso sobrecarrega o filtro de combustível e, a longo prazo, pode causar desgaste nos bicos injetores e perda de eficiência da injeção.
Todo carro sofre do mesmo jeito ao rodar na reserva?
Não exatamente. Carros mais modernos têm sistemas mais protegidos, mas nenhum veículo é projetado para rodar sempre no limite do tanque.
O risco aumenta em situações como uso frequente em trânsito urbano, combustível de procedência duvidosa e manutenção atrasada.
O Kleber Willians, do canal Car UP no Youtube, explica de forma detalhada sobre os riscos que andar com o carro na reserva pode trazer:
Rodar na reserva de vez em quando é um problema?
Entrar na reserva ocasionalmente não vai estragar o carro. O problema surge quando isso vira hábito e o abastecimento é sempre adiado.
Além do desgaste mecânico, existe o risco mais simples e comum: pane seca, carro apagando em local perigoso e gasto extra com guincho.
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