O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, decidiu que o Sport jogará de portões fechados e sem sua torcida como visitante em todas as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O pedido foi feito pela Procuradoria em resposta ao recente episódio de violência contra a equipe do Fortaleza.

No entanto, a decisão não afeta o Clássico dos Clássicos deste sábado, contra o Náutico, que faz parte do Campeonato Pernambucano.

A torcida do clube rubro-negro já esgotou a carga de 2.800 ingressos de visitantes.

O Sport afirmou que só irá se pronunciar quando for notificado oficialmente.

Portões fechados é resposta ao atentado da torcida do Sport contra o time do Fortaleza

A Procuradoria solicitou que medidas fossem tomadas para coibir novos atos de selvageria como os vistos na saída da Arena de Pernambuco, na madrugada de quinta-feira, 22.

Para respaldar o pedido, o órgão alegou que o Sport descumpriu o art.158 da Lei 14.597/2023, que trata sobre a obrigação dos times em garantir segurança aos torcedores.

Sport precisa garantir segurança aos torcedores, diz Procuradoria

De acordo com o julgamento do pedido da Procuradoria, o Sport Club Recife deve jogar todas as competições organizadas pela CBF com portões fechados, sem sua torcida, tanto quando mandante quanto visitante, até que o STJD julgue a denúncia por uma de suas Comissões Disciplinares.

A decisão é válida até o julgamento do caso, ainda sem data marcada, e, segundo o presidente do STJD, José Perdiz de Jesus, é uma tentativa de preservar a segurança futura nos jogos.

Relembre o caso de violência contra o ônibus do Fortaleza

O atentado ao ônibus da equipe do Fortaleza deixou seis jogadores feridos, incluindo o goleiro João Ricardo e o lateral-esquerdo Escobar.

Outros envolvidos no atentado da torcida organizada do Sport, incluindo o zagueiro Titi, o lateral-direito Emanuel Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-esquerdo Dudu, sofreram ferimentos mais leves.

Atos como este são extremamente nocivos para a imagem do esporte e medidas rigorosas são necessárias para garantir que esses incidentes não se repitam.

O futebol deve ser um evento de celebração e entretenimento, não um palco para atos de violência.