O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), ligado ao Ministério Público de São Paulo, está investigando uma possível ligação entre pessoas próximas à direção do Corinthians e o PCC (Primeiro Comando da Capital). As suspeitas ressaltam a complexidade do caso, envolvendo outras áreas de atuação do crime organizado no estado.

Segundo reportagem da CNN, promotores acreditam que o crime organizado possa estar utilizando o clube para a lavagem de dinheiro, especialmente oriundo do tráfico de drogas. Essa estratégia já foi observada em outras investigações, envolvendo setores como transporte público e saúde em São Paulo.

Investigações no Caso VaideBet

A possível porta de entrada do PCC no Corinthians pode ter sido o carnaval, conforme ocorrências anteriores envolvendo o crime organizado em outras entidades. Promotores também consideram outros possíveis meios de infiltração, como casas de apostas, torcidas organizadas e funções de segurança dentro do clube.

O inquérito do caso VaideBet, que gera grande expectativa, deverá ser concluído até o final de 2024. Atualmente, investigadores estão analisando dados bancários de pessoas e empresas investigadas, após a quebra de sigilo autorizada pela Justiça.

Quais São as Suspeitas Contra a Atual Gestão do Corinthians?

Pessoas ligadas ao clube indicaram que as conexões com o PCC podem ser intermediadas por indivíduos próximos à gestão do atual presidente, Augusto Melo, e outras figuras da direção. Importante notar que, até o momento, não há provas concretas ligando o presidente diretamente ao crime organizado.

O jornalista Wagner Vilaron, que foi Superintendente de Comunicação do clube no início da gestão de Melo, será ouvido pelo Ministério Público e a Polícia Civil para fornecer mais detalhes sobre as suspeitas.

Quais Foram as Consequências Para o Patrocínio da VaideBet?

Em junho de 2024, a casa de apostas VaideBet rescindiu um contrato milionário com o Corinthians, que havia sido firmado para durar três anos e totalizava R$370 milhões. A empresa alega que uma cláusula anticorrupção foi violada, o que motivou a decisão unilateral.

O Corinthians, por sua vez, declarou que todas as suas negociações de patrocínios foram realizadas de maneira legal com empresas devidamente constituídas. A empresa de intermediação de Alex Cassunde, a Rede Social Mídia, envolvida na negociação deste patrocínio, é parte das investigações.

Comentários Internos no Clube

Rubens Gomes, o Rubão, ex-diretor de futebol do Corinthians, denunciou possíveis infiltrações de crime organizado dentro do clube. Essa informação foi corroborada por outras fontes internas, ampliando a preocupação sobre a segurança e a integridade das atividades do time.

Qual Será o Futuro das Investigações?

Nos próximos meses, o cerco deve se fechar ainda mais com o avanço das análises de dados bancários e depoimentos de indivíduos ligados ao clube. A expectativa é que as investigações tragam à tona todos os detalhes necessários para esclarecer a real dimensão da infiltração do crime organizado no Corinthians.