Morre Eddie Jordan, fundador de equipe de Fórmula 1
Antigo dono de equipe que revelou Rubens Barrichello e os irmãos Michael e Ralf Schumacher faleceu aos 76 anos.

Edmund Patrick Jordan, mais conhecido como Eddie Jordan, ex-proprietário da equipe Jordan Grand Prix de Fórmula 1, faleceu hoje, 20 de março, aos 76 anos, na Cidade do Cabo, África do Sul. Ele morreu ao lado da família, após uma batalha de 12 meses contra um câncer de próstata agressivo. O falecimento foi confirmado por um comunicado oficial da família nesta quinta-feira.
Nascido em Dublin, Irlanda, em 1948, Jordan ingressou no automobilismo como piloto, competindo em categorias como kart, Fórmula Ford, Fórmula 3 e nas 24 Horas de Le Mans. Sua maior contribuição, no entanto, veio como dono de equipe, incialmente em categorias menores, como Fórmula 3 e depois Fórmula 3000 (atual Fórmula 2).
Ao fim de 1990, deu o se maior passo, fundando a Jordan Grand Prix, que participou da Fórmula 1 entre 1991 e 2005. A equipe conquistou quatro vitórias, a histórica dobradinha no GP da Bélgica de 1998, com Damon Hill e Ralf Schumacher, Os GPs da Itália e França de 1999 com Heinz-Harald Frentzen e a derradeira vitória no conturbado GP Brasil de 2003, com Giancarlo Fisichella.
Eddie Jordan foi responsável por lançar nomes como Michael Schumacher, Ralf Schumacher, Eddie Irvine e Rubens Barrichello na categoria.
Jordan também teve papel importante para os pilotos brasileiros.O mais conhecido talvez seja Rubens Barrichello, que competiu pela equipe entre 1993 e 1996, marcando seus primeiros pontos na F1 e alcançando pódios, como o terceiro lugar no GP do Pacífico de 1994.
Mas ele não foi o primeiro, nem o último brasileiro a correr por lá. Maurício Gugelmin disputou a temporada de 1992, e um ano antes Roberto Moreno participou dos GPs da Itália e de Portugal em 1991, substituindo Schumacher após sua estreia, que tomou sua vaga na Benetton.
O paranaense Ricardo Zonta foi o último brasileiro a correr pela equipe de Eddie em dois Grandes Prêmios durante a temporada de 2001.
Após vender sua equipe em 2005, Jordan permaneceu no esporte como comentarista da BBC e Channel 4 e co-apresentador do podcast Formula for Success. Ele também foi empresário do projetista Adrian Newey resposável por negociar, no ano passado, sua transferência da Red Bull para a Aston Martin.
Sua equipe, aliás, viria a ser revendida outras ocasiões após sua venda, mudando de nome várias vezes para Midland, Spyker, Force Índia, Force Índia Racing Point, Racing Point e desde 2021 atende pelo nome de Aston Martin.
Diagnosticado com câncer em 2024, Eddie Jordan enfrentou a doença com discrição até seus últimos dias. Ele deixa esposa, filhos e um legado marcante na Fórmula 1.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)