Crusoé: Por que o uniforme do Brasil nas Olimpíadas é tão ruim
Questões objetivas e subjetivas explicam o motivo do uniforme do Brasil nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris ser tão odiado
Um dos pressupostos mais conhecidos da moda diz, resumidamente, que “roupas falam” — isso é, que as peças usadas por um indivíduo carregam uma mensagem tão poderosa que podem sobrepor quem ele realmente é. Por isso, durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris nesta sexta-feira, 26, os 274 atletas brasileiros passarão uma mensagem de desânimo ou mesmo de uma falta de inspiração na sua maneira de se expor ao mundo. Tudo graças a seu uniforme — que virou o tema da semana e uma unanimidade nacional: todo mundo odiou.
As peças, desenhadas pela loja de departamento Riachuelo, compõem um projeto especialmente trabalhado ao menos desde 2021 junto ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O resultado final da parceria, apresentado em abril, passou agora da crítica à repulsa: os torcedores chamaram a atenção para a falta de identificação brasileira nas peças, que carregam poucos símbolos brasileiros ou uma noção mais ousada de design.
Atletas e ex-atletas chamaram a atenção para a falta de cuidado com a própria apresentação das vestimentas — que poderiam representar a importância do momento. Fernando “Balotelli”, do decatlo, chamou a atenção para o tamanho da mochila dada pela Puma para que ele (que disputa dez esportes) carregue seu material. Márcia Fu, a desbocada medalha de bronze em Atlanta 1996 pelo vôlei, foi Márcia Fu ao reagir. “Péssimo gosto. Uma porcaria, não gostei. Eu acho que as meninas mereciam coisa melhor. A nossa delegação merecia, com certeza, coisa melhor. Horrível”.
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