Um novo capítulo na política interna do Corinthians ganha destaque com o pedido de impeachment protocolado contra o presidente Augusto Melo.

O documento foi endereçado a Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube e conta com assinaturas de membros de diversas alas políticas do alvinegro, que se autodenominam “apartidários”.

Entre os apoiadores do impeachment está o ex-presidente Mário Gobbi, que liderou o Corinthians entre 2012 e 2015.

Gobbi se pronunciou em apoio ao movimento e sublinhou a importância de uma gestão organizada para evitar que o clube continue sofrendo com os problemas administrativos e esportivos que enfrenta atualmente.

Contexto do pedido de impeachment de Augusto Melo

O pedido de impeachment contra Augusto Melo é baseado em diversos artigos do estatuto do clube, além da Lei Geral do Esporte e da Lei 9.613 de 1998.

Segundo o movimento Reconstrução, as ações de Melo configuram um desrespeito às normas estabelecidas para a gestão do Corinthians.

Argumentos do grupo “rebelde” no pedido de destituição

Os conselheiros que assinam o pedido de destituição apontam várias justificativas, sendo que os principais pontos de descontentamento incluem:

Declarações de Rubens Gomes, ex-diretor de futebol, e testemunho de Alex Cassundé, sócio da empresa de intermediação de contrato, que mencionam possíveis irregularidades financeiras;

Acusações de falta de transparência e má gestão financeira que, segundo o grupo, colocam em risco a viabilidade econômica do clube;

Suspeitas envolvendo o comissionamento de uma empresa que participou da campanha eleitoral do presidente.

O que dizem os estatutos e a lei

Para embasar o pedido, os signatários do documento citam várias cláusulas do estatuto do clube e normativas legais, destacando a importância da integridade na gestão esportiva.

Art. 59: Responsabilidade corporativa, transparência, prestação de contas, equidade, participação e integridade esportiva;

Lei 9.613: Políticas de controle interno ajustadas e atenção especial a operações suspeitas que possam indicar crimes.

Eles afirmam que Augusto Melo não tem cumprido com suas obrigações de preservar o patrimônio do clube e questionam a legitimidade de contratos firmados durante sua gestão.

Próximos passos impeachment do presidente do Corinthians

Segundo o rito estatutário, Romeu Tuma Jr. tem cinco dias para encaminhar o requerimento para a Comissão de Ética do Corinthians.

Se o processo avançar, Augusto Melo terá a oportunidade de se defender das acusações em uma sessão extraordinária do Conselho Deliberativo.

Mesmo que o Conselho aprove o impeachment, a saída de Augusto Melo ainda precisaria ser referendada pelos sócios do clube.

Aguardemos os próximos capítulos dessa situação que promete ter desdobramentos importantes para o futuro do Corinthians.