CBF explica em CPI da Manipulação do Futebol como monitora casos suspeitos
Desde abril de 2022 sob nova gestão, a CBF adotou uma série de ações estratégicas para combater fraudes em jogos.
Durante a sessão da CPI da Manipulação do Futebol no Senado, nesta segunda-feira, 29, o diretor de competições da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Júlio Avellar, disse que entre os anos de 2022 e 2024 foram identificados 264 jogos suspeitos de manipulação de resultados.
O diretor aproveitou para reforçar o compromisso da CBF com a integridade do esporte.
Desde abril de 2022, sob nova gestão, a CBF adotou uma série de ações estratégicas para combater a fraude em jogos.
Dentre elas, a parceria com a Sportradar, líder global em tecnologia esportiva, destacou-se por expandir significativamente o monitoramento de partidas.
Segundo informações reveladas durante a CPI, a quantidade de partidas monitoradas saltou de 1.224 em 2023 para 5.226 em 2024.
Importante notar que este acompanhamento não está restrito apenas a competições nacionais, abrangendo também campeonatos estaduais, categorias de base e o futebol feminino.
Como CBF monitora casos suspeitos de manipulação no Futebol
Todos os jogos que apresentam atividades suspeitas são meticulosamente investigados.
As análises são encaminhadas para órgãos competentes como a Polícia Federal e o Ministério Público, além dos órgãos esportivos de justiça.
No entanto, André Avellar, diretor de competições da CBF, ressaltou que nem todos casos indicam manipulação direta do resultado final, podendo envolver intercorrências menos impactantes como cartões e faltas.
Importância da adesão à Convenção de Macolin
O oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem, reiterou a importância de se aderir à Convenção de Macolin, que impõe critérios rigorosos para a detecção e investigação da manipulação de competições esportivas.
Essa adesão é vista como um passo crucial para aumentar a eficácia das medidas de vigilância e manter a imparcialidade e justiça nos esportes.
A CPI, que foi instalada no Senado em 10 de abril de 2024 com duração prevista de até 180 dias, poderá prorrogar seus trabalhos por mais 90 dias.
Romário (PL-RJ), relator da CPI, e Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente dos trabalhos, têm partes cruciais a desempenhar nesse processo investigativo.
A expectativa é que ao final, medidas legais sejam propostas para coibir a manipulação de resultados e garantir a integridade do futebol brasileiro.
Fortalecimento das regras contra manipulação
A pesquisa da CBF e Sportradar e os esforços subsequentes da confederação são essenciais para garantir que o futebol não apenas se mantenha como uma paixão nacional, mas também como um esporte de justiça e ética.
A transparência e rigidez nos processos são fundamentais para restaurar e manter a confiança de torcedores e atletas no sistema esportivo brasileiro.
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