Crusoé: “Tudo é relativo (mesmo)”
É preciso imaginação para entender O Abismo Vertiginoso. Em seu livro mais recente, o físico italiano Carlo Rovelli antecipa o que ele aposta que será conhecimento comum no futuro, ensinado em colégios, mas que hoje parece saído dos romances de ficção científica: a mecânica quântica...
É preciso imaginação para entender O Abismo Vertiginoso. Em seu livro mais recente, o físico italiano Carlo Rovelli antecipa o que ele aposta que será conhecimento comum no futuro, ensinado em colégios, mas que hoje parece saído dos romances de ficção científica: a mecânica quântica. Leia um trecho da entrevista concedida à Crusoé.
“As pessoas falarem do assunto [física quântica] demonstra que há um crescente interesse por ele. Também é lindo ver como artistas se inspiram no nosso trabalho para imaginar ficções. Mas é fato que está havendo algum abuso no uso do termo “quântico”. Algumas vezes de forma ingênua. Noutras, como fraude. O que chamam por aí de medicina quântica é um exemplo. Nada tem de quântico. Nada tem de medicina. É só mais uma forma de pegar dinheiro de pessoas que estão sofrendo. Acreditar nisso é como cair na lábia de ambulantes que vendiam açúcar como se fosse remédio, na Idade Média.”
“A internet é uma ferramenta fantástica que nos permite acessar uma enorme quantidade de conhecimento. Mas é um presente envenenado por uma quantidade, também imensa, de coisas bobas, estúpidas, sem sentido. Todo navegador deveria trazer um enorme anúncio: não acredite em tudo que lê na internet! Não devemos proibir as pessoas de falarem, mas a sociedade precisa criar formas de se proteger do perigo dessas coisas estúpidas. Obviamente, o fenômeno não surgiu agora. Há umas quatro décadas, uma grande amiga minha acreditou que curaria um câncer de mama apenas com medicamentos naturais. Uma doença que já tinha caminhos de cura pela medicina tradicional! Ao decidir colocar sua vida nas mãos de um curandeiro, acabou morrendo. Esse tipo de fake news se espalha em escala muito maior com as redes sociais. As pessoas têm de ser ensinadas a não acreditar em blábláblá.”
LEIA MAIS AQUI; assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)