Crusoé: “Os políticos mais perigosos são os que querem salvar o mundo”
Referência como teórico do conservadorismo, o filósofo húngaro-americano John Kekes sai em defesa da moderação na política. Leia um trecho da entrevista concedida à Crusoé...
Referência como teórico do conservadorismo, o filósofo húngaro-americano John Kekes sai em defesa da moderação na política. Leia um trecho da entrevista concedida à Crusoé.
“Os inimigos da moderação são os ideólogos de esquerda e direita que têm um programa político que promete nos levar ao BEM, com maiúsculas, seja como for que eles o definem. Talvez seja seguir a vontade divina, como querem os ortodoxos de todas as religiões; ou a busca de um bem supremo, como a igualdade, para os igualitários; ou a liberdade, como querem os libertários; ou uma sociedade em que os recursos produtivos estão nas mãos do Estado, como querem os socialistas. Os piores excessos não vêm dos vigaristas que desejam riqueza e poder, mas daqueles que acreditam genuinamente ter encontrado o bem, encaram qualquer opositor como um inimigos da humanidade e atribuem si próprios a missão de calar esses adversários.”
“Os inimigos são teóricos em busca de um ideal, que renegam a prática política e desejam respostas do tipo “tudo ou nada”. Os inimigos são aqueles que ignoram que escolhas políticas dependem do contexto em que são feitas e são influenciadas pelas condições históricas. Eles não aceitam que entre liberdade, justiça e igualdade há um conflito que a cada momento terá de ser resolvido de maneira diferente. Os inimigos mais perigosos da moderação são aqueles políticos que querem salvar o mundo.”
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