O impacto do cigarro eletrônico na saúde bucal
Confira informações exclusivas sobre o impacto dos vapes.
O uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como “vapes“, tem se tornado cada vez mais comum ao redor do mundo, incluindo no Brasil. Um aumento expressivo no consumo desses dispositivos foi observado entre 2018 e 2023, com um incremento de 600% de acordo com dados do instituto Ipec. Esse crescimento levanta preocupações, especialmente no que diz respeito aos efeitos nocivos potenciais à saúde.
Estudos científicos recentes têm indicado uma correlação preocupante entre o uso de cigarros eletrônicos e danos à saúde bucal. Pesquisadores da Universidade de Oviedo, na Espanha, conduziram uma revisão abrangente de estudos relacionados, avaliando a saúde bucal de fumantes de vapes e revelando riscos crescentes de cáries, doenças gengivais, inflamações orais e lesões que podem evoluir para condições malignas.
Quais são os riscos para a saúde bucal associados ao uso de cigarros eletrônicos?
O aumento dos casos de doenças bucais entre usuários de vapes pode ser atribuído à exposição a diversos compostos químicos presentes no vapor inalatício. Especialistas destacam que essas substâncias podem provocar desde gengivite e periodontite até infecções como candidíase e irritações orais. Além disso, os aromatizadores utilizados nos dispositivos têm altos níveis de açúcar, contribuindo para o desenvolvimento de cáries.
Um problema adicional é a xerostomia, também conhecida como boca seca, uma condição provocada pela redução do fluxo salivar. A saliva desempenha um papel crucial no equilíbrio do ambiente bucal e na prevenção do crescimento bacteriano descontrolado. Sem ela, os riscos de cáries e doenças periodontais aumentam significativamente.
Por que os cigarros eletrônicos são atrativos, e quem mais os consome?
Atraídos por diversos sabores e pela falsa percepção de segurança em relação aos cigarros tradicionais, os cigarros eletrônicos tornaram-se populares entre os jovens. Um quarto dos brasileiros entre 18 e 24 anos já experimentou o dispositivo, mesmo com as restrições impostas pela legislação. Essa popularidade é motivo de preocupação, uma vez que muitos usuários não se consideram fumantes, subestimando o potencial de riscos.
Qual é a legislação brasileira sobre cigarros eletrônicos?
No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. Apesar disso, a comercialização e o uso desses dispositivos continuam difundidos, até mesmo entre adolescentes. A ausência de regulamentações claras e fiscalização adequada contribui para essa realidade, dificultando o controle sobre quem utiliza o produto e em que quantidade.
Os cigarros eletrônicos estão longe de serem inofensivos. Os usuários devem ser educados sobre os riscos associados para que decisões informadas possam ser tomadas. Uma discussão mais ampla e políticas de saúde pública eficazes são essenciais para mitigar os efeitos negativos já percebidos na saúde da população, especialmente no que tange à saúde bucal.
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