Buraco negro supermassivo maior do que o sol 600 mil vezes ‘caminha’ rumo a Via Láctea
As Nuvens de Magalhães estão localizadas a cerca de 160 mil anos-luz da Terra e estão se movendo em direção à Via Láctea.
Pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian identificaram um buraco negro supermassivo nas Nuvens de Magalhães, duas galáxias satélites da Via Láctea.
Este buraco negro possui uma massa colossal, estimada em 600 mil vezes a do Sol, e está em rota de aproximação com a nossa galáxia. A descoberta foi publicada no The Astrophysical Journal e destaca a complexidade e a dinâmica das interações galácticas.
As Nuvens de Magalhães estão localizadas a cerca de 160 mil anos-luz da Terra e estão se movendo em direção à Via Láctea.
Este movimento sugere que, em um futuro distante, essas galáxias podem colidir com a nossa, trazendo consigo o buraco negro supermassivo.
Como foi identificado o buraco negro nas Nuvens de Magalhães?
A identificação do buraco negro foi possível através do estudo de estrelas hipervelozes, que são estrelas ejetadas a velocidades extremas devido a interações gravitacionais intensas.
Utilizando dados do telescópio Gaia, os cientistas analisaram o movimento de 21 dessas estrelas, das quais nove mostraram evidências de terem sido expulsas das Nuvens de Magalhães.
O fenômeno observado é explicado pelo “mecanismo de Hills”, onde um buraco negro interage com um par de estrelas, e uma delas é lançada a alta velocidade.
Este método já foi usado anteriormente para detectar buracos negros em outras partes do universo.
🌌🕳️ REVELADO: O PRIMEIRO BURACO NEGRO SOLITÁRIO DA GALÁXIA! 🔭✨
— Sacani (Space Today) – AKA Gordão Foguetes (@SpaceToday1) April 22, 2025
Cientistas acabam de detectar um buraco negro isolado vagando pela Via Láctea – um fenômeno raro e intrigante que desafia nossa compreensão sobre esses objetos cósmicos! 💫🪐
Descoberto através de microlente… pic.twitter.com/w52eZwEgbK
Quais são as consequências de uma possível fusão galáctica?
A possibilidade de uma fusão entre a Via Láctea e as Nuvens de Magalhães levanta questões sobre o futuro da nossa galáxia. A fusão dos buracos negros centrais dessas galáxias poderia resultar em uma estrutura ainda mais massiva, alterando a dinâmica interna da Via Láctea.
Além disso, a presença de um buraco negro supermassivo em uma galáxia satélite desafia as teorias tradicionais sobre a formação de galáxias, que geralmente associam buracos negros dessa magnitude a galáxias maiores.

O que o futuro reserva para a Via Láctea e suas vizinhas?
Embora a colisão entre a Via Láctea e as Nuvens de Magalhães esteja prevista para ocorrer em cerca de dois bilhões de anos, os cientistas continuam a estudar as implicações desse evento. A fusão pode influenciar a formação de novas estrelas e alterar a distribuição de matéria escura na nossa galáxia.
Este estudo não apenas aprofunda o entendimento sobre as interações galácticas, mas também oferece uma visão sobre o destino a longo prazo da Via Láctea e suas galáxias vizinhas.
A observação contínua e o avanço tecnológico serão cruciais para desvendar os mistérios que cercam esses gigantes cósmicos.
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