Agamenon: E o tapa vai para…
E ainda dizem que o Brasil precisa investir em educação... tudo bem, o presidente Jair Bolsoanalfa não tem nenhuma ENEM ministro da Educação o país tem. Mas os nossos irmãos americanos (jamais vou escrever a pornográfica palavra estadunidense!) dessa vez exageraram...
E ainda dizem que o Brasil precisa investir em educação… tudo bem, o presidente Jair Bolsoanalfa não tem nenhuma ENEM ministro da Educação o país tem. Mas os nossos irmãos americanos (jamais vou escrever a pornográfica palavra estadunidense!) dessa vez exageraram. Como todo mundo está cansado de saber, o ator afro-negão Will Smith deu uma tapa na cara do comediante Chris Rock em plena cerimônia do Oscar, quer dizer, falta de cerimônia no Oscar. O estapeamento viralizou e se transformou no assunto mais falado no mundo. Todo mundo parou de falar no mendigo pegador, no remake de Pantanal e na Terceira Via. E o Big Brother continuou a não ser comentado, porque ninguém mais falava do programa há muito tempo.
Vários recordes foram batidos com essa efeméride: milhões de pessoas nas redes fizeram a mesma piada com Todo Mundo Odeia o Chris e Um Maluco no Pedaço. E foi a primeira vez na história da comédia em que a “punch line” veio antes da piada. Sem falar na volta da eterna discussão sobre os limites do humor. Para a gerente do meu banco, essa é uma discussão vazia: ela só quer saber do limite do meu cheque especial. Já a Academia de Artes Marciais de Hollywood (que não premiou a Fernanda Montenegro mas, em compensação, ganhou uma vaga na ABL – Academia Brasileira de Lutas) reagiu indignada à violência de Will Smith. Deu a ele o Oscar de Melhor Ator Violento e o aplaudiu de pé quando ele pegou a cobiçada estatueta. Pegou de porrada. Foi então que todos os presentes na plateia receberam o Oscar de Melhor Hipocrisia Coadjuvante.
Muitos acharam a piada de Chris Rock sobre a careca da Jada Pinkett-Smith de mau gosto. Quem também condenou o chiste foi o ministro Alexandre de Moraes, o Kojak do STF, que, no caso, legislou em calva própria. Indignado, Moraes também obrigou o feroz deputado Daniel Silveira, do PPB (Partido Pit Bull), a usar focinheira eletrônica, com a qual pretende concorrer ao Oscar de melhor figurino.
Só que existem outras coisas por trás do tresloucado gesto de Will Smith. Apesar de ser um milionário bem-sucedido, Will Smith é um homem atormentado, que carrega um enorme peso nos ombros, quer dizer, na cabeça. Sua mulher admitiu em cadeia nacional que chifrou o marido. Como tem fama de bonzinho e de bom rapaz, Will Smith passou a ideia de que era um corno manso e que esse negócio de chifre é só uma coisa que colocam na sua cabeça e na cabeça do marido da mulher que deu para o mendigo em Brasília. Tanto ele como sua mulher e a torcida do Flamengo estavam carecas de saber da cornitude do astro. Mas não era bem assim: como vimos na noite do Oscar, Smith era na verdade um exemplar de corno-do-mato. Assim que viu sua mulher de boca em outro homem sem o seu consentimento, ele passou a gritar: “Eu mato! Eu mato!”. Bem fazemos eu e a Isaura, minha patroa, que vivemos um relacionamento aberto há muitos anos. Nosso casamento, realizado no civil, no religioso e na delegacia, permanece vivo porque para nós o matrimônio é uma loja de conveniência: está sempre aberto para quem quiser entrar e comer alguma coisa.
Enquanto isso, a pancadaria também corre solta no PSDB, em que o governador João Doria vive uma tremenda “calça justa”. Doria não sabe se sai para presidente, governador ou destaque na Gaviões da Fiel. O problema é que ele não decola nas pesquisas, mesmo depois de ter contratado o Will Smith como assessor de marketing para dar um tapa na sua campanha.
Agamenon Mendes Pedreira ganhou o Oscar de Melhor Corno Estrangeiro.
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