Warren Buffett, o maior investidor americano, não acredita mais na Apple?
O CEO da gigante de investimentos Berkshire Hathaway voltou a reduzir substancialmente sua participação na Apple no último trimestre
Warren Buffett, CEO da gigante de investimentos Berkshire Hathaway, voltou a reduzir substancialmente sua participação na Apple no último trimestre.
Segundo a Bloomberg, o movimento levantou questionamentos sobre as razões que teriam levado o “oráculo de Omaha” a diminuir seu envolvimento com a gigante de tecnologia.
Após já ter cortado pela metade sua participação no segundo trimestre, Buffett prosseguiu com a venda de mais 25% das ações da Apple nos últimos três meses, conforme documentos apresentados pela Berkshire Hathaway aos reguladores do mercado financeiro.
Atualmente, a Berkshire detém aproximadamente 69,9 bilhões de dólares em ações da Apple, uma redução significativa em comparação aos 174,3 bilhões de dólares registrados no final do ano passado, representando uma queda de quase 60%.
Ações da Apple em alta
Curiosamente, essas vendas ocorreram em um período em que as ações da Apple estavam valorizadas. No último trimestre, os papéis da fabricante do iPhone tiveram uma alta de 10,6%.
Na reunião anual da Berkshire, realizada em maio, Buffett mencionou que as vendas iniciais foram parcialmente motivadas por questões fiscais e enfatizou que a Apple continuaria sendo o principal investimento do conglomerado sediado em Omaha, Nebraska.
Desde então, Buffett não se pronunciou publicamente sobre suas perspectivas para a Apple.
Como analistas veem os movimentos de Warren Buffet?
À Bloomberg, Jim Shanahan, analista da Edward Jones, afirmou que Buffett nunca esteve completamente à vontade com o setor de tecnologia.
As recentes vendas das ações coincidem com o falecimento de Charlie Munger, parceiro de longa data de Buffett, em 2023.
Shanahan sugeriu que Munger pode ter tido mais confiança na Apple do que Buffett.
Os desafios da Apple
A Apple enfrenta desafios significativos atualmente. A empresa tem registrado um crescimento modesto nas vendas do iPhone e comunicou recentemente aos investidores que espera um crescimento de vendas entre “um dígito baixo a médio” para dezembro.
Além disso, a empresa enfrenta concorrência crescente na China e escrutínio regulatório intensificado nos EUA e na Europa devido a preocupações antitruste.
A Apple também está atrás dos concorrentes no campo da inteligência artificial.
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