Varejo forte em fevereiro pega economistas no contrapé
Especialista esperavam retração de 1,5% no volume de vendas, mas pesquisa apontou expansão de 1% e recorde histórico para o setor varejista brasileiro
As vendas do comércio varejista avançaram 1% em fevereiro, dando continuidade ao movimento de recuperação do setor. Em janeiro, a alta havia sido de 2,8%. O dados divulgados nesta quinta-feira , 11, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) surpreenderam os economistas.
De acordo com as expectativas colhidas pela Bloomberg com 23 economistas, a mediana das apostas apontava para uma retração no volume de venda em 1,5%. A estimativa mais otimista estava em 0,6% de avanço, mas nenhum dos que participaram da pesquisa esperava por um crescimento tão forte no mês.
Na série anual e sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 8,2% ante fevereiro de 2023, o novo avanço seguido. Em 2024, o IBGE aponta para alta de 6,1%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%.
No levantamento do setor varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, as vendas avançaram 1,2% na série com ajuste sazonal.
De acordo com o Instituto, essa é a primeira vez que o varejo registra dois meses seguidos de expansão nas vendas desde setembro de 2022.
O setor está agora na máxima da série histórica, com 0,5% acima do nível recorde anterior, em outubro de 2020. Em fevereiro, os subsetores que tiveram melhor performance foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%), Móveis e eletrodomésticos (1,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
Dois dos oito segmentos pesquisados registraram recuo nas vendas: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).
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