Turbulência da Boeing consolida Airbus como maior fabricante Turbulência da Boeing consolida Airbus como maior fabricante
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Turbulência da Boeing consolida Airbus como maior fabricante de aviões

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5 minutos de leitura 17.01.2024 13:11 comentários
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Turbulência da Boeing consolida Airbus como maior fabricante de aviões

A Airbus, fabricante de aviões europeia, reforçou sua posição como a maior fabricante de aeronaves do mundo pelo quinto ano consecutivo. A empresa anunciou que entregou mais aeronaves e obteve mais pedidos do que sua rival americana, a Boeing, em 2023...

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Turbulência da Boeing consolida Airbus como maior fabricante de aviões
Foto: Divulgação/Airbus

A Airbus, fabricante de aviões europeia, reforçou sua posição como a maior fabricante de aeronaves do mundo pelo quinto ano consecutivo. A empresa anunciou que entregou mais aeronaves e obteve mais pedidos do que sua rival americana, a Boeing, em 2023.

A Boeing enfrenta uma crise de segurança e relações públicas causada pelo incidente com sua linha de aviões 787 Max.

A Airbus está liderando o duelo de longa data entre as duas empresas no setor da aviação. Anteriormente, as duas fabricantes de aeronaves compartilhavam o mercado de forma igualitária, mas agora a Airbus está muito à frente da Boeing.

O contraste entre a Airbus e a Boeing

Especialistas afirmam que muitos investidores, financiadores e clientes estão vendo a Airbus como uma empresa administrada por pessoas competentes, em contraste com a situação atual da Boeing.

O incidente envolvendo o Boeing 737 Max 9, no qual ocorreu um buraco na fuselagem de um avião da Alaska Airlines durante o voo, foi apenas o mais recente de uma série de problemas de segurança enfrentados pela Boeing. Isso incluiu dois acidentes fatais em 2018 e 2019. Esses incidentes têm contribuído indiretamente para o sucesso da Airbus.

À medida que a Administração Federal de Aviação (FAA) aumenta sua investigação sobre a produção dos aviões Boeing Max 9, as vantagens da Airbus se tornam cada vez mais evidentes.

As companhias aéreas estão buscando expandir suas frotas para atender ao aumento da demanda por viagens aéreas globais após a pandemia. Nesse contexto, elas estão considerando qual empresa escolher para suas aeronaves.

A valorização das ações da Airbus

As ações da Airbus atingiram um recorde na semana passada, após o CEO Guillaume Faury anunciar que a empresa recebeu 2.094 pedidos de novas aeronaves em 2023, o maior número registrado em um único ano. Isso inclui os populares aviões A320neo, principal concorrente do Boeing 737 Max.

Embora a Boeing também tenha registrado mais entregas e pedidos de aeronaves em 2023 em comparação com o ano anterior, o ritmo de crescimento foi mais lento do que o da Airbus. Juntas, as duas empresas fabricam a maioria dos jatos comerciais do mundo.

A Airbus também enfrentou seus próprios desafios durante a pandemia, como problemas na cadeia de suprimentos que levaram à redução da produção e demissões. Além disso, a empresa teve que lidar com um inquérito de corrupção e parou de construir o jato superjumbo A380.

O que ocasionou a queda das ações da Boeing?

Desde o incidente envolvendo o 737 Max 9, as ações da Boeing caíram cerca de 20%. Isso levanta dúvidas sobre o impacto que esse desastre terá na empresa. A Boeing está tentando conter as consequências do incidente e implementou mudanças nos processos de controle de qualidade em suas fábricas e nas de seus fornecedores.

As preocupações com a segurança têm custado caro para a fabricante americana. A empresa está enfrentando uma dívida de quase US$ 40 bilhões decorrente da queda nas viagens causada pela pandemia e da crise anterior com o Boeing 737 Max.

Isso levanta dúvidas sobre os investimentos futuros da empresa em aviões de próxima geração, enquanto a Airbus busca aumentar sua liderança competitiva.

Boeing 737 Max: o avião maldito

Em artigo publicado na edição da semana passada de Crusoé, o colunista Ivan Sant’Anna fala sobre o Boeing 737 Max, modelo o modelo já teve turbinas que encostavam no solo, falhas de aerodinâmica e, agora, placas que se soltam. Leia um trecho:

A Boeing Company é uma empresa tão grande e importante que, todo mês, quando o governo americano divulga a balança comercial (trade balance), as exportações de aviões não são incluídas na cifra.

Isso porque, se a gigante de Seattle vendeu para o exterior, por exemplo, 200 jatos wide body (aviões de grandes dimensões, com dois corredores na cabine de passageiros), distorce toda a estatística daquele período.

Um dos índices mais importantes representativos do mercado de ações de Nova York é o Industrial Dow Jones, composto de 30 empresas, entre elas a Boeing.

Após ter adquirido a McDonnell, a Douglas, o setor de aviões de passageiros da Lockheed Martin e a Convair, a Boeing Aircraft tornou-se absoluta no segmento americano de aviões de passageiros, excluindo-se as aeronaves de pequeno porte e os jatos executivos.

A queda de braço entre as fabricantes

À medida que as companhias aéreas continuam a expandir suas frotas após a pandemia, a Airbus está ampliando sua vantagem. A empresa recebeu grandes encomendas da Air India e da IndiGo, com um total de 8.600 pedidos de aeronaves em 2023, em comparação com os 5.626 pedidos da Boeing.

Ambas as fabricantes enfrentam desafios na cadeia de suprimentos, o que dificulta a produção de aeronaves com rapidez suficiente. A Airbus entregou 661 aviões em 2023, um pouco abaixo da meta, mas ainda mais do que as 480 entregas da Boeing.

Com o crescimento esperado da frota global de companhias aéreas na próxima década, as duas empresas estão buscando aumentar sua produção para atender à demanda. A Airbus planeja elevar a produção do A320neo para 75 jatos por mês até 2026, enquanto a Boeing pretende aumentar a produção dos jatos 737 para 50 por mês até meados de 2025.

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