Tudo sobre Affonso Celso Pastore
Doutor em economia pela USP e ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore, 82 anos, foi confirmado como conselheiro de Sergio Moro. Atualmente, ele é sócio da consultoria A. C. Pastore e Associados, especializada em análises macroeconômicas aplicadas. Divide as funções da empresa com a mulher, a também doutora em economia Maria Cristina Pinotti...
Doutor em economia pela USP e ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore, 82 anos, foi confirmado como conselheiro de Sergio Moro. Atualmente, ele é sócio da consultoria A. C. Pastore e Associados, especializada em análises macroeconômicas aplicadas. Divide as funções da empresa com a mulher, a também doutora em economia Maria Cristina Pinotti.
Pastore é associado ao Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), think tank dedicado a estudar e propor políticas públicas em diversas áreas. Entre os membros da entidade estão nomes com forte ligação com políticos tucanos, como Armínio Fraga, Edmar Bacha, Eduardo Giannetti, Ilan Goldfajn, Luiz Stuhlberger, Pedro Malan e Persio Arida.
O economista é um defensor da responsabilidade fiscal, do teto de gastos e da autonomia do BC. Sua linha de pensamento está mais próxima dos liberais do que dos desenvolvimentistas, que entendem que o estado é indutor do crescimento. Também diz que as reformas tributária e administrativa são importantes para o país.
Em entrevistas e artigos escritos recentemente, ele afirmou que o caminho para o aumento dos investimentos em infraestrutura são as concessões ao setor privado, com a disciplina fiscal garantindo taxas de juros baixas e financiamento no mercado de capitais.
Pastore é um crítico do governo Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os dois já trocaram farpas publicamente, como mostramos mais cedo. No mais recente episódio, Guedes, ao lado de Bolsonaro, acusou Pastore de ter trabalhado para a ditadura militar, enquanto o atual presidente foi democraticamente eleito. “Tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna”, disse o ministro da Economia.
Pastore presidiu o BC de 1983 a 1985, no governo Figueiredo. Ele foi convocado por Delfim Neto para substituir Carlos Langoni, atingido pelo caso Coroa-Brastel, considerando um dos maiores escândalos financeiros do regime militar.
Logo que assumiu o cargo, Pastore determinou a abertura de processos administrativos contra servidores envolvidos nas denúncias, Eles acabaram demitidos do serviço público.
De volta ao setor privado, o economista seguiu dedicado a fiscalizar as políticas monetárias de seus sucessores, criticando duramente os planos econômicos dos governos José Sarney e Fernando Collor. Apoiou o Plano Real, capitaneado por FHC.
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