Transações via Pix sobem após recuo sobre monitoramento
Foram realizadas 1,923 bilhões de transferência via Pix no país entre 16 e 27 de janeiro
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O volume de transações feitas via Pix subiu imediatamente após o governo Lula (PT) revogar a portaria da Receita Federal que ampliava o monitoramento da ferramenta, registrou o Poder 360.
O Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI) do Banco Central indica que, entre 16 e 27 de janeiro, foram realizadas 1,923 bilhões de transferência via Pix no país, montante que corresponde a uma elevação de 0,24% em relação aos mesmos dias de novembro de 2024.
O recuo do governo sobre a portaria foi anunciado em 15 de janeiro.
“Vamos revogar o ato da Receita que mudou valores para monitoramento de movimentações financeiras”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, após reunião no Palácio do Planalto.
Segundo ele, “pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam o ato normativo da Receita Federal, prejudicando muita gente no Brasil, milhões de pessoas, causando pânico principalmente na população mais humilde”.
“Pela continuidade do dano, vamos revogar esse ato. Um outro ato será anunciado e tramitará no Congresso”, acrescentou.
Desconfiança
Na verdade, a medida gerou desconfiança de que o governo Lula, que não consegue cortar gastos, estava de olho no dinheiro de quem faz transações de mais de 5 mil reais por mês.
A desconfiança levou a quantidade de transações do Pix a cair mais do que o normal em janeiro, segundo dados do Banco Central.
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Erro do governo Lula
Como mostrou Crusoé, dois em cada três brasileiros acreditam que o governo Lula errou na crise do Pix.
Para 66% dos entrevistados pela Quaest, o Palácio do Planalto errou mais do que acertou.
Por outro lado, 19% responderam que o governo acertou mais do que errou, e 5% disseram que foi igual. Outros 10% não souberam opinar.
O aumento do monitoramento do Pix foi a notícia negativa mais lembrada espontaneamente pela população –cerca de 11%.
Em segundo lugar na lista está a opção “não faz o que promete/é corrupto”, com 3%, seguida por “aumento de preços/inflação” e “aumento dos impostos”, ambos com 2%.
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