Suzano transforma lucro bilionário em prejuízo, mas está melhor que o esperado
A Suzano, uma das principais empresas do setor de papel e celulose, fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 729 milhões...
A Suzano, uma das principais empresas do setor de papel e celulose, fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 729 milhões. O número representa uma reversão em relação ao lucro líquido de R$ 5,448 bilhões alcançado no terceiro trimestre do ano anterior.
Apesar do resultado negativo, o prejuízo foi menor do que o esperado pelo consenso de mercado, que projetava um prejuízo de acima de R$ 750 bilhões. Essa diferença pode indicar que a empresa está conseguindo contornar as adversidades enfrentadas pelo setor.
A receita líquida da Suzano ficou em R$ 8,948 bilhões, apresentando uma queda anual de 37%. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado foi de R$ 3,695 bilhões, uma queda de 57% em comparação com o mesmo período de 2022. Novamente, o número surpreendou positivamente o mercado que apostava em um lucro operacional na casa de R$ 3,288 bilhões.
De acordo com a empresa, a redução do EBITDA ajustado na área de celulose foi causada pela queda nos preços realizados combinada com volumes praticamente estáveis. Por outro lado, na unidade de negócios de papel, os resultados foram resilientes no mercado doméstico, apesar da queda nos preços no mercado externo, que foi o principal fator para a redução do EBITDA por tonelada no período.
Apesar da redução do preço médio líquido realizado de celulose, a Suzano destacou que o terceiro trimestre de 2023 foi marcado por uma melhora no sentimento do mercado, principalmente devido ao aumento significativo da demanda na China. A evolução dos fundamentos suportou uma sequência de aumentos de preço, embora ainda não totalmente refletidos no 3T23.
A companhia também anunciou hoje que Conselho de Administração da empresa aprovou investimentos no valor de R$ 1,17 bilhão. Esses recursos serão destinados à construção de uma fábrica de papel sanitário (tissue) e conversão em papel higiênico e papel toalha no município de Aracruz (ES). A capacidade de produção será de 60 mil toneladas por ano, com início das operações previsto para o primeiro trimestre de 2026. O investimento estimado é de R$ 650 milhões.
Além disso, será construída uma nova caldeira de biomassa na fábrica de produção de celulose localizada em Aracruz. Essa caldeira substituirá o equipamento atual e terá investimentos totais estimados em R$ 520 milhões. A previsão é que entre em operação no quarto trimestre de 2025.
A Suzano pretende utilizar o saldo de créditos de ICMS que possui no estado para realizar os investimentos, o que representará um desembolso líquido estimado de aproximadamente R$ 130 milhões.
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