Seca no Norte; oportunidades de lucro no Sul
“Se não havia chuva, pior era o calor. Temperaturas só atingidas no Dust Bowl em 1934 eram registradas todos os dias. As nuvens de pó escondiam a paisagem desolada.”
“Se não havia chuva, pior era o calor. Temperaturas só atingidas no Dust Bowl em 1934 eram registradas todos os dias. As nuvens de pó escondiam a paisagem desolada.”
O pequeno parágrafo acima está na página 56 (edição da Inversa) de meu livro “Os Mercadores da Noite”, no capítulo em que descrevo uma seca no Meio-Oeste americano.
Como se sabe, neste ano o calor e a estiagem estão batendo recordes em diversos pontos da América do Norte e da Europa.
Nos Estados Unidos, aguarda-se a qualquer momento o anúncio do governo federal de que parte da água do rio Colorado que é desviada para o Arizona, Nevada e o vizinho México será cortada.
Na Europa, incêndios florestais (foto) já queimaram uma área equivalente a um terço do território da Bélgica. Enquanto isso, o baixo nível d’água comprometeu a navegação no rio Reno, principal via de tráfego de barcaças da Alemanha.
Embora previsões meteorológicas de longo prazo não sejam de todo confiáveis, a expectativa é que, no ano que vem, o Hemisfério Norte sofra um verão ainda mais rigoroso, com grandes quebras nas safras agrícolas.
Para a economia brasileira, isso costuma trazer benefícios. É só lembrar das secas no Meio-Oeste americano em 1974 e 1988, que resultaram em grandes altas nos preços de commodities cultivadas aqui.
Mas, afinal, existe uma forma de o investidor se beneficiar desse cenário?
A resposta é sim.
Como já comentamos em um Relatório Especial sobre empresas do agronegócio, uma conjuntura na qual o clima apresenta condições desafiadoras tende a fazer com que os preços dos alimentos subam, e o Brasil é um dos países mais bem posicionados.
Embora não seja muito conhecido, um exemplo da Bolsa brasileira que pode ser favorecido é a SLC Agrícola (SLCE3), empresa que atua por meio de suas fazendas na plantação, colheita e exportação de milho, soja e algodão. A companhia tem exposição em várias regiões do Brasil, principalmente no Centro-Oeste e nos estados de Tocantins, Minas Gerais e Bahia.
A SLC apresenta resultados sólidos, beneficiou-se do cenário global de alimentos nos últimos 12 meses e, com isso, obteve um lucro líquido de R$1,5 bilhão. Está negociando, neste momento, a seis vezes o lucro.
Se você gostou dessa análise de investimento e quer conhecer mais sobre a SLC e outras boas oportunidades de ativos, clique aqui e conheça a série Ações Alpha.
Ivan Sant’Anna, trader e escritor, e João Abdouni, analista com certificado CNPI, para a Inv Publicações.
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