Retrospectiva: o dia que Galípolo assumiu o Banco Central
Galípolo termina 2025 em meio a uma suposta reunião tida com o ministro do STF Alexandre de Moraes para discutir o Banco Master
Gabriel Galípolo assimiu a presidência do Banco Central em 1º de janeiro de 2025. Ele foi indicado pelo presidente Lula e passou por sabatina no Senado no dia 8 de outubro de 2024.
O atual presidente do Banco Central foi secretário executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Fernando Haddad. Galípolo tem graduação e mestrado em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), já atuou como professor universitário (2006 a 2012) e foi presidente do Banco Fator (2017 a 2021).
Ao longo do ano, o PT tinha expectativa de que Galípolo conseguisse acelerar a queda dos juros. Aconteceu justamente o contrário. Em 2025, o indicado pelo governo PT manteve a mesma política conservadora do seu antecessor, Roberto Campos Neto, indicado no governo Jair Bolsonaro.
Em 2024, uma das vozes mais estridentes contra o trabalho de Roberto Campos Neto foi Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Já em 2025, Gleisi se voltou várias vezes contra Galípolo, mas sem o citar nominalmente.
Galípolo termina 2025 em meio a uma suposta reunião tida com o ministro do STF Alexandre de Moraes para discutir a aquisição do banco Master pelo BRB.
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Os novos diretores do BC para além de Galípolo
Além de Galípolo, outros três diretores indicados para a instituição também assumiram seus postos em 2025: Nilton José Schneider (para a Diretoria de Política Monetária), Izabela Moreira Correa (para Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Gilneu Astolfi Vivan (para a Diretoria de Regulação).
Nilton David, desde 2019, foi chefe de operações de Tesouraria do Banco Bradesco e gestor de equipes que realizam operações com diversos índices e ativos financeiros, em São Paulo, Nova York e na Europa. Graduado em engenharia de produção pela Universidade de São Paulo (USP) em 1994, trabalhou em instituições financeiras no Brasil e no exterior.
Izabela Correa é graduada em administração pública pela Fundação João Pinheiro (FJP) em 2003. Tem mestrado em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado em governo pela London School of Economics and Political Science e pesquisa de pós-doutorado pela escola de governo da Universidade de Oxford. No campo acadêmico, foi professora de gestão pública e políticas públicas no Insper.
Gilneu Vivan é economista e tem especialização em gestão financeira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 2003, concluiu o mestrado em gestão econômica de negócios pela Universidade de Brasília..
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