Resultados corporativos preocupam investidores
Balanços pouco animadores no exterior, além de preocupação com fiscal por aqui, podem continuar a pressionar ativos locais
Nos Estados Unidos, ações de Tesla e Alphabet recuam nas negociações pré-abertura, após resultado decepcionante da fabricante de veículos elétricos e balanço em linha com as expectativas da gigante da internet.
Na Europa, a luxuosa LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton e Dior, apresentou números decepcionantes e as ações da empresa marcam o nível mais baixo em seis meses, após forte queda nas vendas para a China. O resultado ruim da companhia também adiciona preocupação com o enfraquecimento da economia da gigante asiática.
Ainda no grupo de balanços pouco animadores, o banco alemão Deustch Bank AG registrou o primeiro prejuízo trimestral em quatro ano, o que trouxe preocupação sobre o dinamismo econômico do continente europeu.
Por aqui, o Santander Brasil divulgou lucro líquido gerencial no segundo trimestre de 2024 de 3,33 bilhões de reais, um alta de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números ficaram acima das estimativas e devem amenizar o humor do investidor local.
Além disso, atenção também para a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento no Rio de Janeiro. Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) realiza nova reunião para avaliar o patamar dos juros básicos no Brasil.
No campo fiscal, analistas e economistas ainda digerem as medidas de contenção apresentadas pelo governo, enquanto uma possível greve de servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) coloca sob dúvida o esforço do pente-fino para reduzir custos com BPC (Benefeício de Prestação Continuada) e outras despesas relacionadas a seguridade social.
Além disso, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de eventos do G-20 e podem adicionar elementos à equação fiscal. Na terça-feira, 23, o petista voltou a defender a política de aumento real do salário mínimo, o que fragilizou o posicionamento recente de equilíbrio das contas públicas em função do impacto da estratégia nos gastos previdenciários.
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