Prévia da inflação desacelera para 0,19%, acima do esperado
Expectativa do mercado estava em 0,17% para o mês e 4,33% para a leitura anual, de acordo com levantamento Bloomberg
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou para 0,19% em agosto, contra 0,30% de julho. O número ficou ligeiramente acima do esperado da mediana de analistas e economistas consultados pela Bloomberg, que esperavam 0,17% de alta no indicador.
Na leitura anual, o IPCA-15 acumulou 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e se afastou um pouco mais do limite da meta de inflação para o ano, que é de 3% mais ou menos 1,5%.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito registraram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,83% e 0,17 ponto percentual), puxado pela gasolina (3,33%). Como esperado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63%).
Educação (0,75% e 0,05 p.p.) foi o segundo grupo com maior alta no índice, com registro de alta de 0,77% nos preços de cursos regulares, principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%)
Ainda segundo o órgão, o grupo Alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p) registrou o maior recuo e marcou a segunda queda mensal consecutiva. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Comunicação e o 0,71% de Artigos de Residência.
No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio (-1,30%) apresentou queda mais intensa do que a de julho (-0,70%), com recuos mais significativos nos preços do tomate (-26,59%), da cenoura (-25,06%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%).
Comer fora de casa, no entanto, ficou mais caro no mês, segundo o IBGE. A alimentação fora do domicílio acelerou par 0,49% em agosto, na comparação com 0,25% em julho. Os principais vilões foram as altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).
No grupo Habitação (0,18%), o principal impacto positivo no índice veio do gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p) enquanto a energia elétrica residencial registrou deflação no período de 0,42%, contra alta de 1,20% em julho, em função do retorno da bandeira tarifária verde.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)