Presidente do BC indica fim do ciclo de aperto monetário em maio
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), afirmou hoje que um aumento adicional na taxa básica de juros em junho não é um cenário provável, sinalizando que o forte ciclo de aperto monetário iniciado há um ano sob o pretexto...
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), afirmou hoje que um aumento adicional na taxa básica de juros em junho não é um cenário provável, sinalizando que o forte ciclo de aperto monetário iniciado há um ano sob o pretexto de debelar a inflação deve chegar ao fim em maio.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa para comentar o Relatório Trimestral de Inflação. Ao comentar as pressões inflacionárias geradas pela guerra na Ucrânia, o presidente do BC disse que uma alteração na meta de inflação para acomodar choques sobre a economia teria “pouco a ganhar” em termos de credibilidade.
De acordo com Campos Neto, na reunião do Comitê de Política Monetária da semana passada, o colegiado analisou a elevação do cenário de incertezas, o ritmo adequado para o avanço dos juros e a taxa terminal do ciclo de aperto.
“Entendemos que, usando esse mix de fatores, o mais apropriado era fazermos uma elevação de 1 ponto [na Selic em março] e indicar mais 1 ponto [em maio], dizendo que, se o cenário internacional se agravasse ou que se houvesse algum outro choque que afetasse as expectativas na mesma direção, nós poderíamos repensar o cenário, fazendo um movimento adicional em junho, não é o cenário mais provável”, disse, confirmando a previsão de um novo ajuste da Selic em 1 ponto porcentual, a 12,75%.
Na semana passada, o Copom decidiu elevar a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano, alta de um ponto percentual.
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