Pré-IPCA: mercado precifica 94% de chance de corte de 0,5 pp na Selic
Os investidores locais estão de olho na divulgação da inflação oficial hoje às 9h pelo IBGE. Os dados do IPCA desta manhã serão os últimos antes da próxima reunião do Copom , que definirá um novo corte na taxa básica de juros...
Os investidores locais estão de olho na divulgação da inflação oficial hoje às 9h pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) desta manhã serão os últimos antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá um novo corte na taxa básica de juros.
Até o fechamento das negociações ontem, as opções de Copom negociadas na B3 indicava uma chance de 94% de uma redução de 50 pontos base na Selic no encontro do colegiado marcado para a semana que vem – o que levaria a Selic dos atuais 13,25% para 12,75%. Essas opções são contratos de derivativos que oferecem proteção a investidores para as alterações na taxa. O mesmo instrumento precifica uma chance de 4,5% de um corte de 75 pbs. Na curva de juros futuros, o contratos de DI praticamente as mesmas probabilidades, com uma redução de 51 pontos base na próxima reunião do Copom.
Uma das possibilidades para uma aceleração no ritmo de queda da Selic seria um IPCA mais benigno que o esperado para hoje. A mediana das previsões coletadas pela Bloomberg é de aceleração no indicador para 0,28% no mês, contra alta de 0,12% em julho. No levantamento anual, a inflação oficial deve passar para 4,66% nos últimos doze meses até agosto, contra 3,99% no mesmo período finalizado no mês anterior. Vale lembrar que a meta de inflação é de IPCA a 3,25% no fim do ano, com limite de tolerância de até 4,75%.
No exterior, o setor de tecnologia americano deve concentrar a atenção do noticiário corporativo. As ações da Oracle recuam cerca de 10% antes da abertura do mercado, com resultados aquém do esperado para os serviços de nuvem (que cresceram 30%, contra 54% esperados) e previsão de vendas abaixo do estimado pelos analistas. Além disso, há expectativa para o lançamento de novos produtos pela Apple e pela precificação das ações do IPO (Oferta Inicial Pública, na sigla em inglês) da fabricante de microchips ARM Holdings, que, de acordo como notícias internacionais, teve o número de subscrições 10 vezes maior que a oferta.
No cenário macro, investidores também aguardam a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) nos Estados Unidos amanhã, que pode mexer com as expectativas para os próximos movimentos do FED para os juros americanos, e a definição da taxa básica na Zona do Euro, na quinta-feira.
No campo das commodities, o minério de ferro estende os ganhos nesta terça-feira negociado a US$ 119,15 a tonelada em Singapura, o maior patamar de preços desde abril deste ano. Nos últimos 30 dias, a matéria-prima acumula mais de 20% de alta. O petróleo também sobe no dia de hoje, e o barril do tipo Brent era negociado, às 8h, a US$ 91,27 (+0,70%).
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