Powell contém otimismo com juros, e investidores esperam Copom
Apostas de cortes de juros em março são esvaziadas, após presidente do FED indicar que medida é "improvável"
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira,desacelerou se afastou das máximas depois que Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve), declarou que não é provável um corte de juros nos Estados Unidos em março. A fala repercutiu e levou a uma piora nas bolsas americanas e no mercado brasileiro.
Apesar disso, o índice conseguiu se manter em alta com desempenho positivo de Itaú (+1,08%) e Eletrobras (+1,49%). O setor financeiro teve uma sessão positiva, com exceção do Santander (-1,88%), que frustrou as expectativas com os resultados do 4º trimestre do ano passado.
O Ibovepsa encerrou a sessão em alta de 0,28%, aos 127,7 mil pontos.
Entre os destaques de alta na sessão, Arezzo (+12,09%) e Grupo Soma (+16,81%) registraram ganhos significativos após a confirmação de conversas sobre uma possível fusão.
No lado negativo, Vale (-1,48%) liderou as contribuições negativas ao índice com a queda no preço do minério de ferro.
Os juros futuros também responderam à dinâmica dos mercados americanos e se afastaram das mínimas durante a entrevista coletiva de Jerome Powell. O presidente do FED ressaltou que, embora seja apropriado um alívio nos juros neste ano, o Fed deve ser cauteloso em relação à medida e que uma redução só ocorrerá quando houver maior confiança de que a inflação está caindo em direção à meta de 2%.
Com isso, as taxas para vencimentos em um e dois anos que chegaram a cair até 9 pontos base se afastaram das mínimas e devolveram boa parte da queda. Os contratos de dois anos encerraram o dia em queda de 4 pontos base, enquanto que os papéis com prazo de um ano finalizaram as negociações pratiacmente estáveis.
Os investidores aguardam, agora, a conclusão da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil, às 18h30. Essa será a primeira reunião com os novos diretores indicados pelo governo, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.
O mercado dá como certo que a taxa Selic seja reduzida para 11,25%. A dúvida está em torno dos próximos movimentos da autoridade monetária. Assim como aconteceu mais cedo com a decisão do FED, o comunicado do BC será crucial para a calibragem das expectativas.
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