Pochmann insiste na ladainha do ataque especulativo
"As reservas externas seguirão crescendo, não obstante o ataque especulativo contra o real", diz o presidente do IBGE, que tem se defendido de questionamentos
Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann (foto) publicou uma mensagem sob o título “Refletindo sobre contas econômicas do ano de 2024”. Como era de se esperar, a “reflexão” é uma tentativa de eximir o governo Lula de culpa pela alta histórica do dólar.
“1. A ameaça maior sobre a dívida pública brasileira segue sendo a despesa financeira, não a operacional. Para os 8% do PIB estimados de déficit nominal nas contas públicas, 96% do total decorrem da super despesa com juros sobre o estoque da mesma dívida pública (estimada em 7,7% do PIB)”, diz Pochmann em postagem no X.
“2. Nas contas externas, a situação segue confortável. Os investimentos diretos do exterior no Brasil devem fechar ao redor de 70 bilhões de dólares, enquanto o superávit na balança comercial pode alcançar superávit de US$ 65 bilhões. Ou seja, uma soma de entrada de recursos em moeda externa em cerca de 135 bilhões de dólares, o que supera em 2,5 vezes a saída de recursos externos do Brasil por meio do déficit em transações correntes anual estimado em 54 bilhoes de dólares;”, seguiu o presidente do IBGE.
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Apenas para chegar à conclusão de que “as reservas externas seguirão crescendo, não obstante o ataque especulativo contra o real”. Curiosmente, Pochmann tem feito postagens contra o “negacionismo científico” na mesma rede social.
Narrativa
Indicado por Lula, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já desmentiu a narrativa petista contra o mercado.
Os governistas tentaram empurrar para todo mundo —“Faria Lima”, Roberto Campos Neto e fake news, entre outros — a responsabilidade pela dispara história do dólar, mas não conseguem esconder o verdadeiro responsável, que comenda de forma irresponsável os gastos públicos no Palácio do Planalto.
Esse tipo de discurso sustentado por Pochmann tem levantado desconfianças sobre os dados publicados pelo IBGE, que pintam um cenário idílico para a economia brasileira.
Como confiar?
O problema não são exatamente os números, mas o que se faz deles, como mostra a última postagem de Pochmann para tentar defender Lula.
A “despesa financeira” da dívida pública aumenta como consequência do gasto irresponsável do governo Lula, que não foi mencionado pelo presidente do IBGE.
Diante desse discurso malicioso, como confiar nos números divulgados pelo instituto de estatística comandado por Pochmann?
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