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Petróleo: o risco de um Terceiro Choque

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3 minutos de leitura 06.10.2022 13:58 comentários
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Petróleo: o risco de um Terceiro Choque

O Primeiro Choque do petróleo ocorreu a partir da guerra do Yom Kipur, em outubro de 1973. Foi causado por decisões políticas e não por um gargalo de oferta ou excesso de demanda...

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Petróleo: o risco de um Terceiro Choque
Foto: Pixabay

O Primeiro Choque do petróleo ocorreu a partir da guerra do Yom Kipur, em outubro de 1973. Foi causado por decisões políticas e não por um gargalo de oferta ou excesso de demanda.

Como os Estados Unidos apoiaram Israel no conflito (fornecendo armas e munições), a Arábia Saudita liderou um embargo aos americanos, que naquela época dependiam quase que totalmente do produto importado.

Além disso, a OPEC passou a cortar a produção em 10% todos os meses.

O resultado foi uma alta no preço do barril de óleo cru, entre outubro de 1973 e março de 1974, de 300%, saindo de três para doze dólares.

O segundo choque ocorreu em 1979, em consequência da Revolução Iraniana, que depôs o xá Reza Pahlavi, sendo substituído pelo aiatolá Khomeini.

Entre outras coisas, o movimento culminou com a tomada da embaixada americana em Teerã e a prisão de seus diplomatas e funcionários, tomados como reféns.

Como represália, o Ocidente parou de importar petróleo iraniano, cuja produção, por sinal, já fora enormemente reduzida por causa da fuga de engenheiros e técnicos ocidentais que trabalhavam nos poços.

Nessa ocasião, o preço do barril subiu até US$ 39,50.

De lá para cá, os Estados Unidos aumentaram tremendamente sua produção, inclusive recorrendo ao óleo de xisto betuminoso e explorando fontes alternativas de energia (eólica, solar, nuclear, hidrelétrica, etc.)
Outros países fizeram o mesmo.

O Brasil foi um dos melhores exemplos, criando o programa Pró-álcool e explorando, com tecnologia de ponta, jazidas em águas profundas, exploração essa que resultou em grande sucesso, culminando com a descoberta de óleo e gás na camada Pré-sal.

O petróleo tornou-se uma commodity como outra qualquer, cujos preços, extremamente voláteis, variam de acordo com as leis da oferta e demanda, tendo oscilado entre um low de US$ 10,42 (março de 1986) e US$ 140,00 (janeiro de 2008).

Agora a política está voltando à tona, com o todo poderoso príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, que é quem manda no Reino da península, negociando hábil e simultaneamente com os Estados Unidos, a OPEC e a Rússia de Vladimir Putin.

Como o mundo está ensaiando uma recessão, Bin Salman vai responder com um corte de dois milhões de barris por dia na produção saudita. Trata-se de uma medida econômica, mas principalmente política.

Se por acaso tivermos um inverno rigoroso 2022/2023, o produto poderá faltar nos Estados Unidos, como já está acontecendo na Europa, por causa da guerra da Ucrânia.

Com exceção de alguma escassez de determinados derivados, o Brasil poderá sair ganhando se houver mesmo esse novo squeeze, já que agora somos grandes produtores.

E a Petrobras, nem se fala. Se quiser, arrebenta de ganhar dinheiro.

Um forte abraço,

Ivan Sant’Anna, trader, escritor e colunista na Inv Publicações.

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