Pesquisa do BTG mostra Faria Lima com Campos Neto sobre juros
Um levantamento com 82 participantes do mercado financeiro, entre os dias 29 de abril e 3 de maio, mostrou que cerca de 75% dos entrevistados acreditam que a taxa básica de juros, a Selic, deve ser reduzida em apenas 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta semana. O colegiado...
Um levantamento com 82 participantes do mercado financeiro, entre os dias 29 de abril e 3 de maio, mostrou que cerca de 75% dos entrevistados acreditam que a taxa básica de juros, a Selic, deve ser reduzida em apenas 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta semana.
O colegiado anuncia na quarta-feira, 8, o novo patamar para a Selic, que está em 10,75% ao ano, às 18h30. De acordo com a pesquisa, a autoridade monetária deve desacelerar o ritmo de cortes após seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual desde o início do ciclo de queda da taxa básica em agosto do ano passado. À época, a Selic encontrava-se em 13,75% ao ano e a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) estava em 3,99% em base anual.
A pressão sobre os preços permanece controlada (3,93% nos dozes meses até março deste ano) e a taxa básica está em 10,75%. Apesar disso, a inflação permanece longe do centro da meta, de 3%. No entanto, o motivo para uma possível redução na magnitude dos cortes não seriam a elevação dos preços, mas o cenário internacional.
Há cerca de duas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a apontar a falta de visibilidade sobre o processo desinflacionário americano como um motivo para desacelerar os cortes da Selic. “Se a incerteza diminuir, voltamos para a forma de atuação que tínhamos começado. Outra forma é o aumento da incerteza ficar mais tempo e criar ruídos crescentes, então teremos que trabalhar como seria o ‘pace’ (ritmo), teríamos que diminuir o ‘pace’“, afirmou durante participação em evento em São Paulo.
Para 90% dos ouvidos na pesquisa BTG, a incerteza no cenário internacional piorou ou piorou muito desde a última reunião do Copom, o que justificaria a cautela da autoridade monetária. Apesar disso, 46% dos entrevistados acreditam que a Selic encerrará o ano ente 9,50% a.a. e 9,75% a.a.. Isso significa que, embora os agentes do mercado estejam menos otimistas com a evolução do cenário para a Selic, a maior parte deles acredita que o BC deve promover, pelo menos, mais quatro cortes na taxa básica antes do fim de 2024.
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