Os brasileiros não confiam na economia, Haddad
Segundo o Datafolha, 61% dos entrevistados acreditam que a economia está no caminho errado
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 1º de janeiro, indica que os brasileiros não estão confiantes com as diretrizes econômicas adotadas pela equipe econômica do governo Lula (PT), chefiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o levantamento, 61% dos entrevistados acreditam que a economia está no caminho errado, contra 32% que veem a economia no rumo correto, e 6% que não souberam responder.
Questionados sobre a percepção da situação econômica, 45% dos respondentes disseram que o quadro piorou, ante 31% que acham que permaneceu como estava, e 22% que viram a melhora dos números.
Desemprego
Embora a taxa de desemprego tenha recuado para 6,1% em novembro, atingindo o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua, a maioria dos entrevistados não acreditam que os números permanecerão em queda em 2025.
A sondagem aponta que 41% acreditam no aumento do desemprego, 33% projetam estabilidade e 24% confiam na diminuição do número de pessoas sem trabalho.
A pesquisa ouviu 2.002 entrevistados entre 12 e 13 de dezembro de 2024, em 113 municípios do Brasil.
A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Leia também: Mercado até simpatiza com Haddad, mas acha que ele não manda nada
Sinais ruins para a economia
Diante da incerteza sobre o equilíbrio fiscal para os próximos anos, o dólar encerrou 2024 negociado a 6,17 reais, acumulando alta de 27,36% no ano.
O avanço no ano representa a maior oscilação do dólar desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid, quando a moeda americana subiu 29,3% em relação ao real.
Enquanto isso, as contas do setor público registraram um rombo de 6,6 bilhões de reais em novembro.
No acumulado do ano, o déficit fiscal era de 63,3 bilhões de reais, equivalente a 0,59% do PIB.
Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de 192,9 bilhões de reais, equivalente a 1,65% do PIB e 0,28 p.p. inferior ao déficit acumulado nos doze meses até outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, ficou em 0,34% em dezembro, 0,28 ponto percentual abaixo do resultado de novembro, quando avançou 0,62%.
Com o resultado, a prévia da inflação acumulou alta de 4,71% em 2024, encerrando o ano acima da meta estipulada pelo Banco Central.
Leia também: Foi Pochmann que lançou “escuridão” sobre estatísticas oficiais
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)