Os alertas de Jean Paul Prates sobre o preço dos combustíveis
A política de preços da Petrobras tem preocupado a cúpula da estatal. Com valores abaixo do mercado internacional e em meio à disparada do valor do petróleo, o presidente da empresa, Jean Paul Prates, foi...
A política de preços da Petrobras tem preocupado a cúpula da estatal. Com valores abaixo do mercado internacional e em meio à disparada do valor do petróleo, o presidente da empresa, Jean Paul Prates, foi levar notícias não tão agradáveis ao presidente Lula.
Prates alertou o chefe do Palácio do Planalto para os riscos financeiros para a empresa em caso de decisão por segurar os preços. O valor cobrado agora está defasado em mais de 20% em relação ao mercado internacional.
O recado foi claro: para manter o preço, serão necessários subsídios. Em outros momentos, a prática já prejudicou a saúde financeira da petrolífera. Lula é contra a paridade de preços
A conversa entre Lula e Prates ocorreu na manhã desta terça-feira (1º), em Brasília. A conjuntura não é positiva. O petróleo do tipo Brent, utilizado como referência para a estatal, atingiu o valor de US$ 84 o barril, o maior desde abril.
Em maio, após pressão de Lula, a Petrobras criou uma nova política comercial que leva em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados no país e as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior.
A Petrobras mudou a política de dividendos. O anúncio foi feito na sexta-feira passada. A empresa vai passar a distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre, menos do que os 60% anteriores. Foi mantida a distribuição trimestral de remuneração aos acionistas. Também há a previsão de remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do barril de petróleo tipo Brent for superior a US$ 40 por barril.
Prates passa por um processo de fritura. Se, de um lado, não ganhou a confiança do mercado, do outro modula as pressões de Lula para segurar os preços dos combustíveis. Enquanto isso, o Centrão observa a disputa, de olho em mais um cargo no governo.
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