O poder e o saber
O Antagonista, em 3 de janeiro de 2015:Joaquim Levy é o novo paladino da Veja. A reportagem de capa desta semana, “O poder e o saber”, é uma apoteose. Veja avalia que, juntando o poder de Dilma Rousseff e o saber de Joaquim Levy “temos uma chance de atravessar o tempestuoso 2015”. E mais: “Desde que Levy consiga fazer seu trabalho sem boicotes ou intrigas palacianas, o prognóstico é bom”...
O Antagonista, em 3 de janeiro de 2015:
Joaquim Levy é o novo paladino da Veja. A reportagem de capa desta semana, “O poder e o saber”, é uma apoteose. Veja avalia que, juntando o poder de Dilma Rousseff e o saber de Joaquim Levy “temos uma chance de atravessar o tempestuoso 2015”. E mais: “Desde que Levy consiga fazer seu trabalho sem boicotes ou intrigas palacianas, o prognóstico é bom”.
Depois de morder durante toda a campanha eleitoral, o que lhe valeu um corte facinoroso da publicidade estatal, agora Veja assopra, tentando estabelecer pontes com o Palácio do Planalto. Mas é inútil. O poder de Dilma Rousseff tem uma peculiaridade: o de fazer invariavelmente as escolhas erradas. E o saber de Joaquim Levy, o funcionário de segundo plano que se notabilizou por aceitar qualquer tipo de compromisso para se aproximar do poder, sempre vai se conformar às necessidades de seus chefes.
O estrago provocado pelos governos petistas nos últimos dez anos não pode ser remediado com um simples “ajuste fiscal”. E o “tempestuoso 2015” vai se estender por anos e anos. O prognóstico para o paladino de Veja é ruim. Muito ruim.
Sete meses depois, reconhecemos nosso erro: o prognóstico não é muito ruim – é tenebroso.
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