O paradoxo Temer
A economia melhora. Mesmo assim, Michel Temer continua sendo o presidente mais impopular de todos os tempos...
A economia melhora.
Mesmo assim, Michel Temer continua sendo o presidente mais impopular de todos os tempos.
É um caso único.
Leia um trecho da coluna de Miriam Leitão:
“O presidente Temer é um caso de estudo. Ele é o único governante brasileiro que não tem aumento de popularidade quando a inflação está em queda. Desde o início da era do real há uma correlação entre inflação e aprovação presidencial, quando ela sobe a rejeição aumenta, e quando desce a imagem do governo melhora. Temer tem uma espécie de fator teflon ao contrário, o que é bom não gruda nele (…).
O IBGE divulgou na semana passada um dado favorável no consumo. As vendas de comércio em setembro subiram 6,4% quando comparadas com setembro de 2016. Isso já sem o efeito da liberação do FGTS, que manteve as vendas nos meses anteriores. O consumo está sempre ligado ao humor do consumidor. O país amargou nove trimestres de queda nas vendas. A inflação é baixa, e a dos mais pobres é ainda menor, segundo o novo indicador do Ipea. Isso tem a ver com a grande produção agrícola por causa do clima favorável. Como o peso dos gastos com alimentação é duas vezes e meia maior entre famílias de menor renda, a inflação dos pobres está em 2% este ano.
Mesmo assim, nada promove a aceitação de Temer em nenhuma classe social. Pode-se pensar numa série de razões políticas e sociais, mas ele é um ponto fora da curva nessa relação entre economia e política. Mesmo se melhorar, está num nível tão baixo que não fará muita diferença. Um caso que precisa ser estudado.”
A resposta para o paradoxo Temer é fácil: Lava Jato.
Quem quer um presidente corrupto, apoia Lula. Os outros não querem.
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