O dólar abriu próximo a Plutão, Gleisi
Em meio à divulgação da ata da última reunião do Copom, o dólar bateu a marca de 6,16 reais

Em meio à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros brasileira a 12,25% ao ano, o dólar abriu em forte alta nesta terça-feira, 17, batendo a marca de 6,16 reais.
Às 9h30, a moeda americana era negociada a 6,13 reais.
Na segunda, 16, o dólar fechou o dia a 6,09 reais, até então o maior valor nominal da história, apesar de o Banco Central ter promovido mais dois leilões extraordinários para tentar conter a alta da moeda.
A ata do Copom
Em documento divulgado nesta terça, o Copom confirmou ter decidido por unanimidade elevar em um ponto percentual a Selic na semana passada.
O comitê também indicou que outras altas de mesma magnitude devem acontecer nas próximas duas reuniões, que acontecem nos primeiros meses de 2025.
“O Comitê decidiu, unanimemente, pela elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões.”
Se as elevações forem confirmadas, a Selic deve chegar a um patamar de 14,25% ao ano.
O dólar vai dar adeus ao sistema solar?
Ao contrário do que afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, sobre o mercado mandar o dólar pra lua, o dólar avança em meio à incerteza dos investidores quanto a votação do pacote de corte de gastos no Congresso Nacional e após a elevação da taxa Selic em um ponto percentual.
O BC vendeu 1,62 bilhão de dólares em um novo leilão extraordinário realizado pela autarquia na tentativa conter a alta da moeda americana.
Esta foi a quarta intervenção da autoridade monetária em menos de uma semana.
A ação da autoridade monetária foi a maior em um único leilão de dólares à vista desde 10 de março de 2020, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No período da pandemia de Covid, o BC vendeu 2 bilhões de dólares.
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