Novo leilão do Banco Central segura o dólar
Moeda chegou a bater 6,1974 reais na abertura do mercado, depois de fechar a 6,186 reais na segunda, 22, mas recuou após leilão de 3 bilhões de dólares à vista feito pelo BC
Um dia após a Advocacia Geral da União (AGU) acionar o Banco Central para entender por que o Google mostrava o dólar a 6,38 reais no dia em que o mercado estava fechado, a moeda americana abriu em alta em relação ao real, mas o movimento foi contido após mais uma intervenção do BC.
O dólar chegou a bater 6,1974 reais na abertura do mercado nesta quita-feira, 26, depois de fechar a 6,186 reais na segunda-feira, 22, mas recuou após leilão de 3 bilhões de dólares à vista pelo BC, e oscila em torno de 6,15 reais desde então.
O BC tem interferido de forma contundente desde a semana passada para conter a alta da moeda americana, influenciada por fatores externos, como a expectativa sobre a posse de Donald Trump nos EUA, mas principalmente pela frustração causada pelo pacote de corte de gastos do governo Lula.
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Emoção no feriado
No feriado de Natal, a AGU encaminhou um ofício ao BC para pedir informações sobre a cotação do dólar.
“Os dados enviados pelo Bacen subsidiarão eventual atuação da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU, em relação ao buscador Google, que apresentava a cotação do dólar a R$ 6,38, valor R$ 0,20 superior ao registrado no último fechamento oficial (23/12)”, informou a AGU em nota.
A iniciativa foi uma resposta ao desconforto causado pela circulação da informação errada, que foi usada por críticos do governo nas redes sociais. Mas a demanda do advogado-geral da União, Jorge Messias, também foi uma passagem de recibo para um governo atormentado pelo dólar.
Foi Lula
A moeda americana começou uma escalada galopante em relação ao real em 27 de novembro, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, frustrou as expectativas alimentadas pelo próprio governo de que apresentaria um pacote para demonstrar responsabilidade fiscal.
Desde então, os governistas tentam achar outro culpado — o mercado financeiro, Roberto Campos Neto (foto), as fake news, o Google — para repassar a responsabilidade pela alta do dólar, que é de Lula.
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