Na contramão de Wall Street, Ibovespa renova máxima
O Ibovespa, principal índice acionário do país, fechou o quarto dia consecutivo quebrando o recorde histórico do indicador. Descolada das bolsas de Nova Iorque, que encerraram a quarta-feira, 27, em leve baixa, a brasileira subiu 0,50%, aos 134,2 mil pontos em novo patamar inédito...
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O Ibovespa, principal índice acionário do país, fechou o quarto dia consecutivo quebrando o recorde histórico do indicador. Descolada das bolsas de Nova Iorque, que encerraram a quarta-feira, 27, em leve baixa, a brasileira subiu 0,49%, aos 134,2 mil pontos em novo patamar inédito.
O avanço foi impulsionado pela Vale, que reflete o aumento no preço do minério de ferro, próximo de US$ 140 por tonelada, e pelas ações dos bancos. Além disso, no meio da tarde, após a divulgação de declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em que afirma que pretende encerrar 2024 com o nível mais baixo possível de juros, as varejistas também ajudaram na alta do índice.
No encerramento da sessão, as ações de Magazine Luiza (6,64%), Casas Bahia (6,03%) e Alpargatas (3,79%) lideraram as altas do Ibovespa. Na ponta negativa, Raízen (-1,93%), Petz (-1,92%) e Dexco (-1,23%) foram as principais detratoras do indicador.
Enquanto isso, os juros futuros tiveram mais uma sessão de redução nas taxas, repercutindo a fala do presidente do BC e a expectativa de cortes nos juros pelo FED (Federal Reserve) em 2024. A queda foi mais intensa na parcela longa da curva. Além disso, o mercado espera um IPCA-15 benigno na manhã desta quinta-feira, 28, o que também contribuiu para a dinâmica positiva.
No mercado cambial, o dólar encerrou as negociações em alta de 0,24%, em torno de R$ 4,83, com liquidez reduzida.
No mercado de commodities, o minério de ferro recuou após atingir US$ 140 durante a sessão regular em Singapura, devido ao otimismo em relação à economia chinesa depois que os lucros industriais da China dispararam em novembro. O preço do petróleo, no entanto, caiu após atingir um suporte técnico devido às altas recentes causadas por tensões no Mar Vermelho.
Por fim, o déficit primário do governo central ficou em R$ 39,4 bilhões em novembro, pior do que as estimativas de -R$ 38,5 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve tentar contornar as desconfianças com o fiscal brasileiro em coletiva às 10h, desta quinta-feira, 28, em que deve apresentar medidas para recuperar parte da arrecadação perdida com o adiamento da desoneração da folha de pagamentos.
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