O mercado financeiro local deve responder aos dados de emprego nos Estados Unidos com a divulgação do relatório do Payroll. A expectativa é de desaceleração no número de vagas criadas no mês de abril para 240 mil novos postos, contra 303 mil gerados em março.

O arrefecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos pode impulsionar as apostas em um início do ciclo de cortes na taxa básica de juros em setembro por lá. Na manhã desta sexta-feira, 3, o investidores precificavam uma chance de 80% de uma redução no início do segundo semestre.

Conforme, o mercado melhora as perspectivas para os juros nos Estados Unidos, as apostas para a Selic também ganham mais espaço para um afrouxamento monetário. Mesmo assim, a precificação local aponta para uma redução no ritmo de cortes para a reunião da semana que vem no Copom (Comitê de Política Monetária).

Outros dados relacionados ao aquecimento mercado de trabalho, porém, podem influenciar os juros globais. A expectativa é que o rendimento por hora trabalhada fique suba 0,3% em abril na comparação mensal e 4% em base anual. Além disso, a taxa de desemprego deve ficar estacionada em 3,8% em abril, mesmo patamar de março. Caso os rendimentos fiquem acima do esperado ou o desemprego caia, os investidores devem reduzir as apostas em um corte nas taxas mais cedo nos EUA, o que levaria a uma elevação das previsões para a Selic por aqui.

No cenário corporativo, os investidores digerem os balanços divulgados na quinta-feira, 2, após o fechamento dos mercados. Em Wall Street, as ações da Apple subiam mais de 6% no pré-mercado, após balanço com lucro líquido menor na comparação trimestral e queda de 10% nas vendas de Iphone. Apesar disso, a empresa anunciou recompra recorde do equivalente a 110 bilhões de dólares em ações e previu retorno do crescimento ainda teste ano.

Por aqui, Eztec, Gerdau, Metalúrgica Gerdau e Iguatemi também soltaram resultados na noite de quinta-feira, 3, que devem ser digeridos pelos investidores na sessão desta sexta-feira, 3.