Lula desrespeita conselho da mãe e gasta muito mais do que tem
Dívida pública cresce para 77,8% do PIB e com maior rombo nas contas do setor público consolidado desde 2020, na pandemia de Covid-19
Poucas horas após pronunciamento em rede nacional em que o petista defendeu a responsabilidade fiscal, o Banco Central mostra que o déficit das contas públicas mais do que dobrou na comparação com o ano passado.
Na noite de domingo, 28, o petista voltou a repetir o aprendizado orçamentário que diz ter herdado da mãe, Dona Lindu. “Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho“, afirmou o presidente.
A realidade, no entanto, não tardou a aparecer e, na manhã desta segunda-feira, 29, o Banco Central divulgou o resultado primário do setor público consolidado. De acordo com a autarquia, somente no primeiro semestre do ano, o déficit primário (gasto acima da arrecadação, desconsiderados os juros) ficou em 43,4 bilhões de reais, ou 0,78% do PIB (Produto Interno Bruto).
Os números incluem, além das contas do governo federal, as de estados, municípios e empresas estatais. Isso deixa o cenário pior ainda para o Planalto. Estados e municípios seguiram o conselho de Dona Lindu e ficaram superavitários no período (isto é, registraram receitas acima das depesas).
Ainda segundo o relatório do Banco Central, o déficit das contas públicas mais do que dobrou na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando o resultado negativo alcançou 20,4 bilhões de reais. Além disso, o rombo é recorde para o período e só perde para os seis primeiros meses de 2020, quando a pandemia levou o governo a aumentar os gastos para mais de 402 bilhões de reais de janeiro a junho.
Dívida pública cresce
Se o governo gasta mais que arrecada, a solução é uma só: pegar dinheiro emprestado. A dívida do setor público consolidado registrou alta de 1,1 ponto percentual do PIB no último mês, passando de 76,7% do PIB, em abril deste ano, para 77,8% do PIB em maio, ou 8,7 trilhões de reais, o patamar mais alto desde novembro de 2021 – quando estava em 78,2% do PIB.
Até agora, o filho da Dona Lindu fez a dívida brasileira aumentar em 6,1 pontos percentuais desde que voltou ao Palácio do Planalto. Em dezembro de 2022, o número estava em 71,7% do PIB.
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