Lula desmente Tebet e diz que “ela sabia” da indicação de Pochmann
O presidente Lula desmentiu a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e afirmou que ela “sabia há muito tempo” que o economista Marcio Pochmann iria ser indicado para o comando do IBGE...
O presidente Lula desmentiu a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e afirmou que ela “sabia há muito tempo” que o economista Marcio Pochmann iria ser indicado para o comando do IBGE.
O chefe do Palácio do Planalto tentou colocar fim à crise, mas acabou acrescentando mais elementos para o imbróglio. Na semana passada, Tebet disse, um dia depois de Pochmann ser anunciado para o IBGE pelo ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, que sabia enfim quem era o indicado.
“A Simone Tebet sabe que o Marcio Pochmann é meu escolhido há muito tempo e, com toda a clareza, ela ponderou que era importante terminar o Censo. Terminou o Censo, agora o Marcio Pochmann vai tomar posse como presidente do IBGE”, resumiu Lula.
.@LulaOficial diz que não atropelou @simonetebetbr (mas a gente anotou a placa). https://t.co/r8ZpAqpWHm pic.twitter.com/lk8AdBYB72
— O Antagonista (@o_antagonista) August 1, 2023
A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (1º) durante a transmissão ao vivo chamada de “Conversa com o Presidente”. A data da posse de Pochmann será marcada após 7 de agosto.
Tebet e Pochmann se reuniram na tarde desta segunda-feira (31), em São Paulo. A ministra, na última semana, chegou a dizer publicamente que “não o conhecia”.
A indicação — muito mais uma imposição de Lula — causou desconforto. Tebet colocou panos quentes e afirmou que a troca havia sido pensada com antecedência. Contudo, admitiu que foi pega de surpresa com a divulgação do nome. A ministra afirmou, apesar de tudo, que Pochmann terá tratamento “técnico”.
Tebet afirmou que o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, foi o responsável pelo anúncio atabalhoado de Pochmann. “Foi um desencontro de informação”, resumiu. Segundo ela, Pimenta não sabia que Lula ainda não tinha tratados de nomes. Segundo o presidente, contudo, o nome de Pochmann estava na mesa há muito tempo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resumiu que houve “muitas críticas” ao nome e optou por um comportamento neutro.
Tebet e Haddad consideram Pochmann radical e temem que isso atrapalhe a política econômica do governo, já vítima de muitos ruídos causados pelo próprio Lula.
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