Juros locais sobem com força do emprego americano
Dados do relatório Payroll bem mais forte que o esperado pelo mercado movem taxas nos EUA e pressionam mercado nacional
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos registrou a abertura de 303 mil novas vagas de empregos não-agrícolas em março deste ano, conforme o relatório Payroll. O número ficou bastante acima das expectativas do mercado, que esperava uma adição de 214 mil postos, de acordo com levantamento feito pela Bloomberg.
Os dados de fevereiro foram revisados de 275 mil para 270 mil. A taxa de desemprego recuou de 3,9%, para 3,8%, em linha com as expectativas. A taxa de participação de trabalhadores na população economicamente ativa avançou para 62,7%. Os ganhos por hora dos trabalhadores acelerou de 0,1% de crescimento em fevereiro, para 0,3% nos números atuais.
Os dados pressionaram os rendimentos dos título públicos americanos, que sobem até 8 pontos base nos vencimentos mais longos e provocaram uma redução da precificação de mercado para um corte das taxas básicas pelo FED (Federal Reserve) ainda em junho, que passou de 68% de probabilidade para 60%.
O movimento também pressionou a curva futura dos juros no Brasil, que operavam perto da estabilidade antes da divulgação do Payroll. Às 9h55, as taxas dos contratos com vencimento mais longos avançavam até 7 pontos base. A elevação dos juros, no entanto, afetam todos os prazos e afastam a Selic terminal (o patamar final para a taxa de juros básicos para o fim do ciclo de cortes) do patamar de 9,75% ao ano.
O dólar inverteu a trajetória contra o real e passou a subir, cotado a 5,05 reais, em alta de 0.20%. O índice DXY, que compara a moeda americana contra uma cesta de divisas das maiores economias do planeta, também passou a subir após o dado e estava em alta de 0,39%.
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