Japão deixa o top 3 global de maiores economias, e agora?
Descubra porque o Japão perdeu o posto de 3ª maior economia mundial para a Alemanha, entrando em recessão.
Em uma surpreendente reviravolta nos acontecimentos econômicos globais, o Japão foi destronado como a terceira maior economia do mundo. Conforme relatórios divulgados pelo governo japonês na quinta-feira, 15 de fevereiro de 2023, o país entrou em recessão após um declínio de 0,4% em seu Produto Interno Bruto (PIB) entre outubro e dezembro de 2022, contradizendo as previsões iniciais que indicavam um aumento de 1,1% a 1,4%.
O declínio do PIB do Japão
Este é o segundo trimestre consecutivo de contração econômica para o Japão. Em 2023, a economia japonesa cresceu apenas 1,9% em comparação com o PIB nominal de US$ 4,21 trilhões. Isso fica aquém dos US$ 4,46 trilhões da Alemanha, que agora ocupou a terceira posição no ranking de maiores economias mundiais.
Parte da retração da economia japonesa deve-se ao declínio no consumo, que compõe mais da metade da atividade econômica do país e registrou uma retração de 0,2%.
Os desafios estruturais do Japão
O Japão tem enfrentado desafios econômicos desde a crise imobiliária da década de 1990. Naquela época, uma bolha imobilária estourou, deixando o país em uma armadilha de estagnação econômica com um magro crescimento anual de 0,7%. A população do país também está envelhecendo, resultando em uma diminuição da força de trabalho economicamente ativa e aumentando a pressão sobre o governo para fornecer cuidados de saúde e segurança social.
A política monetária do Japão
O Banco do Japão (BoJ) tem implementado uma política de taxas de juros negativas, a fim de incentivar a atividade econômica. No entanto, tal política tem contribuído para a desvalorização da moeda japonesa, o iene, que tem impactado a posição do Japão na economia global.
Recentemente, as discussões sobre a possibilidade de uma mudança na política monetária do Japão ganharam destaque, especialmente à luz do aumento das taxas de juros nos EUA e na Europa. Soma-se a isso, a desvalorização contínua do iene e a inflação interna acima da meta de 2% fixada pelo BoJ, o que constrói um caso mais forte para o ajuste das taxas de juros no país.
O futuro do Japão
Espera-se agora que o BoJ, sob a liderança do seu presidente Kazuo Ueda, responda a essa situação com um aumento das taxas de juros em março ou abril de 2023. A medida é vista como uma tentativa de estabilizar a economia, fortalecer a moeda nacional e reverter a tendência de desaceleração.
O Japão, uma grande potência econômica, enfrenta desafios significativos para reverter essa recente desaceleração. Seus próximos passos em termos de política econômica serão decisivos no cenário econômico mundial nos próximos anos.
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