Ivan Sant’Anna na Crusoé: Para onde vão o Copom e o FOMC?
Enquanto aqui se discute um aumento na taxa básica de juros, as expectativas nos EUA são de que o Comitê Federal de Mercado Aberto inicie um ciclo de baixa
Como a maioria dos agentes econômicos sabe, todas as segundas-feiras o Banco Central do Brasil divulga, entre 08h25m e 08h30, o Boletim Focus, com as estimativas sobre o comportamento da economia brasileira no ano em curso e nos dois exercícios seguintes.
Esses dados são obtidos através de consulta a economistas dos principais bancos e instituições financeiras. Deles consta, principalmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, o crescimento ou declínio do PIB, a taxa Selic (taxa básica de juros) e o câmbio (cotação do dólar norte-americano frente ao real).
Neste ano de 2024, mais precisamente na segunda-feira 15 de abril, o Focus estimava que, ao final do exercício, a inflação estivesse em 3,71%, número dentro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Ou seja, entre 1,5 e 4,5 por cento ao ano.
Para a taxa Selic, a média das expectativas do mercado era que fechasse a 9,13%.
Pois bem, transcorreram-se os meses e a inflação agora está coladinha no topo da banda, 4,5% a. a., perigosamente ameaçada de ruptura, entre outros fatores, pela constante alta do dólar e pelo quase certo aumento das tarifas de energia elétrica provocado pela seca que atinge o país, praticamente de Norte a Sul, seca essa que obrigará a reativação de diversas usinas termoelétricas.
Tudo indica que na próxima reunião do Copom, que acontecerá nos dias 17 e 18 de setembro, o colegiado do BC eleve a taxa. Resta saber se esse aumento será abrupto, de 10,5% para 11,5%, ou se teremos um novo ciclo de alta, dele constando aumentos de 0,25% até que o IPCA “se comporte”.
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