Ivan Sant’Anna na Crusoé: Mercados futuros e suas características – softs
Cacau, café, açúcar e suco de laranja estão entre as opções para os investidores
Em prosseguimento à nossa jornada pelos mercados futuros internacionais, hoje vou falar sobre “softs“.
Traduzindo literalmente, a palavra softs quer dizer “macios” ou “suaves”. Só que isso não faz sentido em português, em se tratando de um grupo de commodities. Por isso, vou manter o termo softs.
Os principais produtos dessa categoria são cacau, café, açúcar e FCOJ. Esse último quer dizer Frozen Concentrated Orange Juice (Suco de Laranja Congelado e Concentrado).
Mas comecemos pelo cacau.
Terra de Jorge Amado
Durante muitos anos, o Brasil era o principal produtor dessa mercadoria. Cultivos de cacau se espalhavam principalmente em meio a florestas de Mata Atlântica próximas ao litoral sul do estado da Bahia, na região das cidades de Itabuna e Ilhéus.
Quem já leu os clássicos do escritor Jorge Amado, sabe muito bem disso. Inclusive um dos seus primeiros romances tinha esse nome: “Cacau”.
Duas foram as razões para que a produção desse fruto, matéria-prima do chocolate, fosse caindo: devastação da Mata Atlântica e a praga que leva o curioso nome de Vassoura de Bruxa, um fungo que ataca os pés de cacau.
Hoje em dia, o Brasil é apenas o quarto maior produtor, atrás da Costa do Marfim, de Gana e do Equador.
As cotações do cacau experimentam ciclos prolongados, porque os ciclos dos cacaueiros também é longo. Daí os bulls e os bear markets que duram muitos anos.
O último reinado do touro durou de novembro de 2007, quando os preços partiram de 906,80 dólares por tonelada, até março deste ano, quando atingiram 8.765 dólares. Ou seja, uma alta de 866,59%, isso para quem adquiriu cacau físico, alta essa que pode ser alavancada.
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