Ivan Sant’Anna na Crusoé: Mercados futuros e moedas
Eu gostava mais quando podia “treidar” marcos alemães e francos franceses, antes da implantação do euro na Comunidade Europeia
No início desta semana, recebi um e-mail do assinante leitor J R L sugerindo que eu escrevesse sobre contratos futuros de instrumentos financeiros, moedas e commodities negociados no mercado americano.
Como gostei da sugestão, vamos a ela. Se não der para concluir hoje, continuo na próxima semana.
Comecemos pelos futuros de moedas, negociados na CME (Chicago Mercantil Exchange).
Eu gostava mais quando podia “treidar” marcos alemães e francos franceses, ou seja, antes da implantação do euro na Comunidade Europeia. Só que agora essas duas moedas, assim como as liras italianas e pesetas espanholas, desapareceram do mapa.
Cada contrato de euro, negociado contra o dólar na CME, representa € 125.000. Como a margem varia entre dois e cinco por cento do valor total do contrato, os traders e especuladores podem alavancar entre 20 e 50 vezes.
O euro tem sido cotado ao redor de US$ 1,10, com pequenas variações para cima ou para baixo.
O valor de cada contrato de franco suíço (CHF) é também de 125.000; a alavancagem, a mesma do euro.
O CHF é moeda refúgio, ainda mais sólida do que o dólar. Tanto é assim que, volta e meia, o banco central da Suíça (Swiss National Bank) pratica taxas de juros negativas. Ou seja, só vale a pena ficar comprado a futuro nessa moeda se houver uma grande crise à vista o que, convenhamos, não é uma coisa muito difícil de acontecer neste mundo conturbado de hoje.
Nos últimos tempos, o CHF tem sido negociado entre US$ 1,10 e US$ 1,20, tendo portanto um trading range (amplitude) maior do que o do euro.
Passemos ao contrato seguinte, o da libra esterlina, BP (British Pound ou Sterling).
Até meados da década de 1920 (Esfuziantes Anos Vinte – The Roaring Twenties), a libra era a principal moeda mundial. Só que quando perdeu a vez, perdeu de vez, com minhas desculpas pelo trocadilho.
No mercado futuro da CME, a unidade de…
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