IPCA e Ata do Copom mexem com semana do mercado financeiro
As novas informações devem auxiliar os investidores nas novas apostas sobre o futuro da taxa básica de juros no país
Dados de inflação e os detalhes sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) que manteve a Selic em 10,50% ao ano são os principais itens da agenda econômica nacional nesta semana.
Nesta terça-feira, 25, a Ata do Copom vai explicar os elementos que levaram o colegiado a interromper o ciclo de cortes da taxa básica de juros de forma unânime. Os quatro diretores indicados por Lula para o Banco Central (Gabriel Galípolo, Aílton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira) concordaram com a decisão, mesmo após o petista pressionar por uma redução em entrevista concedida um dia antes da definição.
A unanimidade foi bem recebida pelo mercado financeiro, mas as dúvidas sobre o comprometimento do governo com a saúde das contas públicas ainda pesam sobre as expectativas dos investidores, o que fez com que o real fosse a pior moeda contra o dólar entre os emergentes na semana passada. A divisa americana avançou mais de 1% sobre a brasileira para encerrar o período em 5,43 reais.
No dia seguinte à Ata, os investidores recebem mais uma leitura sobre a inflação corrente com o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15). A expectativa do mercado para a chamada prévia da inflação oficial é de aceleração na pressão sobre os preço na leitura de junho.
O levantamento mensal deve ficar em 0,45% no mês, contra 0,44% em maior, enquanto que o anual deve interromper a sequência de quedas e subir para 4,11% nos 12 meses acumulados até junho, contra 3,70% no período até maio.
No cenário político, embora Câmara dos Deputados e Senado tenham deixado para a próxima semana a discussão de pautas polêmicas e tenham previsto apenas sessões remotas para os próximos dias, a expectativa ainda gira em torno das medidas que devem compensar a desoneração da folha de pagamentos e da contribuição previdenciária de municípios menores.
Além disso, o PLD (Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias), que estabelece as metas e prioridades da administração pública federal e as diretrizes da política fiscal também deve começar a ganhar espaço nas discussões. De acordo com a Constituição Fedeeral, a matéria precisa ser aprovada até o dia 17 de julho.
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