IGP-M surpreende e registra quinta deflação consecutiva
A inflação do aluguel registrou nova deflação na leitura mensal de agosto, após queda de 0,72% no mês anterior. A expectativa do mercado era de que o índice voltasse ao território positivo em 0,03%. Com o resultado, o índice acumula queda de 7,20% em 12 meses...
A inflação do aluguel registrou nova deflação na leitura mensal de agosto, após queda de 0,72% no mês anterior. A expectativa do mercado era de que o índice voltasse ao território positivo em 0,03%. Com o resultado, o índice acumula queda de 7,20% em 12 meses. Essa é a maior sequência de resultados negativos para o indicar desde 2009, quando ficou em campo deflacionário por seis meses consecutivos.
A redução no ritmo da deflação da leitura atual foi consequência e uma tímida reaceleração nos preços ao produtor, de acordo com o coordenador dos Índices de Preços da Fundação Getúlio Vargas, André Braz. “Os produtos agropecuários (de -1,87% para 0,02%) e industriais (de -0,75% para -0,24%) contribuíram para a taxa menos negativa do índice ao produtor. Na parte agrícola, a maior influência veio da soja (de 0,03% para 5,63%) e, do lado industrial, do óleo Diesel (de 0,00% para 4,15%). A taxa do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão-de-obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição”, explicou em nota.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) caiu 0,17% em agosto, contra -1,05% em julho. E o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) variou 0,24% em agosto, ante 0,06% em julho.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) que também compõe o IGP-M caiu 0,19% no mês (em julho, o indicador subiu 0,11%). Em seis das oito classes de despesa componentes do índice houve decréscimo nas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de 1,15% para -1,19%. Também apresentaram retração os grupos: Alimentação (-0,15% para -0,93%), Transportes (0,70% para 0,14%), Despesas Diversas (0,50% para 0,00%), Vestuário (0,00% para -0,31%) e Comunicação (0,10% para 0,03%).
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