Na entrevista de hoje, ao lado de Braga Netto, Paulo Guedes defendeu novamente as medidas tomadas para reduzir os impactos da crise do coronavírus sobre trabalhadores e empresas e disse que, após a pandemia, o governo retomará o rumo das reformas.

“Evidentemente o governo do presidente Jair Bolsonaro, que estava fazendo reformas estruturais, em pouco mais de três semanas e meia, se transforma num governo de medidas emergenciais. É claro que o governo que estava no trilho saiu para combater incêndio na mata. Pegou fogo no mato, paramos o trem, descemos e estamos atacando essa crise terrível de saúde.”

Lembrou que o governo abriu mão de R$ 500 bilhões com antecipação de benefícios sociais e atraso no pagamento de tributos; propõe repasse de R$ 100 a estados e municípios; gastará R$ 100 bilhões para pagamento do coronavoucher; e liberou mais R$ 100 bilhões para empréstimos a empresas e complementação de salários.

“Mas temos o compromisso da responsabilidade fiscal. Tivemos uma licença para gastar, mas seria muito oportunismo político, seria muita irresponsabilidade fiscal, seria imperdoável se aproveitássemos crise na saúde, para transformar seja numa farra eleitoral, seja num protagonismo excessivo de um ministro aqui ou ali, colocar em risco o governo do presidente”, afirmou.